Rosso confirma intenção de concorrer à presidência da Câmara

  • Por Estadão Conteúdo
  • 11/07/2016 13h32
Agência Brasil Rogério Rosso

Uma das maiores apostas na Câmara desde que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) anunciou a renúncia à presidência da Casa, na última quinta-feira (7), a candidatura do deputado Rogério Rosso (PSD-DF) foi confirmada nesta segunda-feira (11). O próprio parlamentar anunciou sua decisão, tomada “após um longo final de semana de conversas, entendimentos e percepções”, mas alertou que tudo dependerá das regras que forem estabelecidas para o pleito, “vamos registrar a candidatura não por vontade própria, mas de um conjunto de parlamentares que entendem que reunimos o perfil que a Casa necessita para a presidência”, ponderou o político.

O deputado do Distrito Federal é agora um dos nomes do chamado “Centrão”, que conta com as silgas PP, PR, PSD, PTB, PROS, PSC, SD, PRB, PEN, PTN, PHS e PSL, que participam da disputa. A expectativa é que o número de candidaturas aumente até o dia da votação, que deve ocorrer, na próxima quarta-feira (13), e não deve haver costuras para que menos nomes concorram no primeiro turno. A negociação acontecerá no segundo turno, quando os que reunirem mais números de votos terão que buscar apoio dos que acabarem derrotados.

Outro candidato que representa o mesmo grupo é o 1° secretário da Mesa Diretora da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), que tem comandado as articulações para solução dos recentes impasses na Casa. No último fim de semana, Mansur que se reuniu na casa de Rosso com outros líderes partidários, conseguiu convencer o presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), que queria a eleição para a quinta-feira próxima (14), a antecipar em um dia o pleito.

O mesmo foi feito com outras lideranças que defendiam eleições , na terça-feira (12), e foram convencidos a esperar um dia a mais. Neste grupo estão PMDB, PEN, PTB, PSC, PP, PTN, PR, PRB, PV, PHS, SD, Pros e PSL.

Atualmente, a decisão terá que ser homologada pela Mesa Diretora em uma reunião marcada para as 15h. Mansur explicou que ainda pretende discutir as regras para as eleições, como o tempo de fala de cada candidato e o intervalo entre o primeiro e segundo turno que deve ser de cerca de uma hora. Outra decisão deve ser referente ao prazo para as candidaturas, que deve ser estipulado até asn 12h de quarta-feira.

Mansur explicou que, depois da reunião da Mesa, as decisões serão levadas para o aval do Colégio de Líderes, que vai se reunir às 17h. “Independentemente da minha candidatura estou buscando uma eleição tranquila, sem interferência do governo Temer, de Lula e de Cunha”, afirmou.

Perguntado sobre a disputa com outros parlamentares do centrão, incluindo Rosso, o 1° secretário descartou que isto enfraqueça a harmonia na base aliada do presidente interino Michel Temer, “pondero que, neste momento, os candidatos apresentem suas propostas no primeiro turno. Isto não vai quebrar a base e, no segundo turno, se definem os apoios”, explicou, antecipando que vai buscar um candidato que apoie o Planalto. Rodrigo Maia (DEM-RJ) é outro nome que pode oficializar sua candidatura nas próximas horas.

Pelo PMDB, Marcelo Castro (PI) e Fábio Ramalho (MG) registraram oficialmente suas candidaturas. Ainda há expectativa de que outros nomes, entre eles Baleia Rossi (SP), Osmar Serraglio (PR), Carlos Marun (MS) e Sérgio Souza (PR), entrem na disputa. Outros registros foram os de Fausto Pinato (PP-SP), Carlos Gaguim (PTN-TO), Carlos Manato (SD-ES) e Heráclito Fortes (PSB-PI). Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha do delator do mensalão Roberto Jefferson, também declarou a intenção de concorrer.

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