Saiba o que é e como se prevenir do sarampo, que causou um surto em São Paulo
A capital paulista tem 32 dos 66 casos da doença confirmados
A cidade de São Paulo registrou um surto de sarampo, conforme anunciou na última terça-feira (18) as Vigilâncias Sanitárias do Estado e do Município. A cidade tem 32 dos 66 casos da doença confirmados.
A diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica, Regiane de Paula, explicou que a maior parte dos casos de sarampo foi confirmada em pessoas entre 15 e 29 anos de idade. “Essa população teve menor procura da segunda dose de sarampo ou então não foram vacinadas”, disse ela à Jovem Pan.
O município, porém, não é um caso isolado de enfrentamento ao sarampo. O Brasil perdeu o certificado de erradicação da doença após a confirmação de mais um caso endêmico, ou seja, dentro do território brasileiro, em 23 de fevereiro no Pará. Isso significa que o país registrou casos da doença durante 12 meses consecutivos.
O certificado havia sido concedido ao Brasil pela Organização Pan Americana de Saúde, da Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), em 2016.
Os estados que mais registraram confirmações da doença, ao longo do ano passado, foram Amazonas e Roraima. O primeiro teve 9.803 casos confirmados, e o segundo 355. O Pará aparece logo em seguida, com 62 casos confirmados.
Segundo Regiane, a reintrodução do vírus do sarampo no país ocorreu por causa da grande migração de venezuelanos para o Brasil. Mas ela ressalta que a responsabilidade do problema não é deles. “Se tivéssemos uma cobertura vacinal acima de 95%, isso não teria ocorrido”, afirmou ela.
O que é sarampo?
O sarampo é uma doença causa por um vírus que pode ser transmitida pela fala, tosse e espirro, e que é extremamente contagiosa.
Na maioria dos casos, o sarampo é de baixa gravidade, mas pode levar a complicações que oferecem risco de vida, como pneumonia, meningite e inflamação cerebral.
Os sintomas do sarampo são: febre alta (acima de 38,5°C); dor de cabeça; manchas vermelhas, que surgem primeiro no rosto e atrás das orelhas e, em seguida, se espalham pelo corpo; tosse; coriza; conjuntivite; manchas brancas que aparece na mucosa bucal.
Não existe um tratamento específico para o sarampo. Em crianças acometidas pela doença, é recomendável a administração da vitamina A.
Embora não tenha tratamento, é possível a doença. A única maneira de fazer isso com a vacinação.
O esquema vacinal vigente é de duas doses de vacina com componente sarampo para pessoas de 12 meses até 29 anos de idade, sendo uma dose da vacina tríplice viral aos 12 meses de idade e uma doses da vacina tetra viral aos 15 meses de idade, até 29 anos o indivíduo deverá ter duas doses.
Quem tem mais de 30 anos e ainda não teve a doença (ou não lembra se teve), deve tomar uma dose da vacina.
Crianças com menos de 6 meses de vida não devem tomar a vacina; assim como quem está com suspeita da doença; gestantes; e imunocomprometidos.
A diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica Regiane de Paula lembra que é importante também levar a carteira de vacinação quando for tomar a vacina.
Campanha de vacinação em São Paulo
Desde o dia 10 de junho, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo deu início a uma campanha local da vacinação contra o sarampo. Ela é voltada para pessoas entre 15 e 19 anos e está prevista para acabar em 12 de julho. O Dia D da vacinação é sábado, 29 de junho.
Quem estiver fora da faixa etária e não tiver tomado a segunda dose também pode procurar um posto de saúde.
Para verificar a unidade de saúde mais próxima para se vacinar, o munícipe pode acessar o site da prefeitura. Algumas unidades terão vacinação para o público alvo inclusive aos sábados. Para conferir as unidades, baste acessar a planilha elaborada pela gestão municipal.
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