Saída do PMDB do Governo torna situação “absolutamente dramática”, diz Goldman
Um dia antes do provável anúncio de que o PMDB decidirá pela saída da base aliada do Governo, a oposição toma como “dramática” a situação da presidente Dilma Rousseff, já que com menor apoio a chance do impeachment avançar aumenta.
Em entrevista à Jovem Pan, o vice-presidente nacional do PSDB, Alberto Goldman, afirmou que a “debandada” do PMDB “se dá há muito tempo, paulatinamente, a partir do momento em que a presidente Dilma perdeu a capacidade de governar e a sua credibilidade”.
Segundo Goldman, esse desembarque dos peemedebistas da base aliada demonstram um processo de deterioração do apoio ao Governo e da capacidade de governar. “É uma situação absolutamente dramática. O que estamos vendo é que partidos, deputados e senadores vão deixando a posição de apoio e cargos e benesses porque estão vendo que não há outro caminho”, disse.
Caso o pedido de impeachment avance na Câmara dos Deputados e passe para o plenário do Senado, o vice-presidente do PSDB acredita que se dê sem nenhum tipo de paralisia. “Ainda que sofra momentos de atraso, esse processo vai se dando paulatinamente até votação no plenário. A cada grupo de deputados que vai saindo, vai levando outros a se retirarem da base de apoio. O mesmo se dá no Senado. É quase um fato consumado, ou a se consumar, nos próximos dias ou semanas”, considerou.
Como oposição, Goldman declarou que, em eventual Governo comandado por Michel Temer, o PSDB deve “contribuir para encontrar uma saída para o País”.
Eleições municipais em SP
Apoiado pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para concorrer à Prefeitura paulista, João Dória Jr. não conta com apoio total do partido tucano.
“Quanto a questões em São paulo, são locais, temos divergências quanto a escolha que o governador fez do candidato a prefeito. Ele fez uma escolha e, não só fez uma escolha, como atuou decididamente e fortemente com a máquina estadual para que a escolha se configurasse, como acabou se configurando”, disse Goldman.
Goldman declarou ainda: “ele é um elemento que não tem qualificação suficiente para nos representar como partido, assim como não tem qualificação suficiente para ser prefieto da cidade de São Paulo. Essa é a minha opinião pessoal e a opinião de muita gente também”, finalizou.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.