Santa Catarina decreta situação de emergência por superlotação em hospitais

Estado tem que lidar com aumento de casos de síndromes respiratórias; prazo será de 90 dias

  • Por Jovem Pan
  • 03/06/2022 21h03
MISTER SHADOW/ASI/ESTADÃO CONTEÚDO Profissional da saúde cuida de paciente com Covid-19 Com chegada do ivnerno, casos de doenças respiratórias se espalham com mais facilidade na população

O governo de Santa Catarina decretou nesta sexta, 3, situação de emergência no Estado devido à superlotação dos hospitais e à sobrecarga no sistema de saúde, causada pelo aumento nos casos de síndromes respiratórias, o que inclui Covid-19 e gripe comum. O decreto será válido por 90 dias e terá a intenção principal de agilizar os processos de aquisição de equipamentos e contratação de pessoal para abertura de leitos de UTI e de retaguarda, além da contratação de leitos da iniciativa privada. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES), três pacientes pediátricos, cinco bebês do neonatal e 15 adultos aguardam na fila de espera por vagas em UTIs. O secretário de Saúde do Estado, Aldo Baptista Neto, previu que serão 92 leitos abertos em 60 dias, sendo 15 adultos e o restante pediátricos.

De acordo com o painel de leitos divulgado pela secretaria de Saúde catarinense, 1.017 das 1.049 vagas de UTI estavam ocupadas na manhã de quinta, 2, ou seja, 96,9% do total disponível. Todas as regiões do Estado tinham ocupação acima de 90% e as de Foz do Itajaí e Oeste Catarinense atingiram 100%. O governo de Santa Catarina também instituiu um processo simplificado para o apoio a redes municipais e entidades filantrópicas. Foram publicadas duas portarias para ajudar os municípios a ampliar o horário de atendimento e buscar ativamente crianças, grávidas e outros grupos que precisam ser vacinados. “Estamos trabalhando em diferentes frentes de ação e nossas decisões são fruto de um entendimento conjunto entre o governo do estado, as unidades hospitalares e as secretarias municipais de saúde. O decreto de emergência é uma ferramenta jurídica que nos proporcionará maior agilidade no enfrentamento dessas doenças que surgem nesse período de sazonalidade do inverno”, afirmou o secretário.

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