São Bernardo inaugura hospital com 80 leitos de UTI para atender casos da Covid-19
A Prefeitura de São Bernardo do Campo vai inaugurar, nesta quinta-feira (14), o maior hospital exclusivo para combater a Covid-19 no Brasil. A estrutura terá capacidade de 170 leitos de enfermaria e 80 camas em unidade de terapia intensiva (UTI).
Em entrevista à Jovem Pan, o prefeito da cidade, Orlando Morando, afirmou que o objetivo é que, com a inauguração do hospital, a taxa de disponibilidade nas enfermarias de São Bernardo chegue a 70% e o município tenha 50% das unidades de terapia intensivas com vagas disponíveis. Atualmente, 81% dos leitos de UTI destinados à Covid-19 estão ocupados.
Além da nova estrutura inaugurada nesta quinta-feira, São Bernardo do Campo também inaugurou o hospital Anchieta para atender, neste momento, exclusivamente pacientes contaminados pelo coronavírus. Com isso, a cidade dispõe agora de 517 vagas para atendimento. Porém, na avaliação do prefeito, ainda há chances do sistema de saúde pública sobrecarregar.
“Ontem [quarta], infelizmente, chegamos a 108 vitimas levadas a óbito. Já chegamos a quase mil infectados e mais de 3 mil casos estão em investigação. Se as pessoas não colaborarem e a pandemia continuar, seguramente este hospital estará saturado”, afirmou Morando, explicando que o cenário da pandemia se repete em toda a região do ABC.
Após a pandemia, o objetivo é que a estrutura inaugurada seja o “o futuro Pronto Socorro Central de São Bernardo”, um hospital para casos de urgência e emergência com capacidade, até mesmo, para atendimentos cirúrgicos. A construção do novo centro de atendimento começou em 2017 e teve investimentos na casa dos R$ 200 milhões.
O novo hospital inicia suas atividades com sua capacidade máxima em funcionamento. Ao todo, dos 80 leitos de UTI disponíveis, 40 já estão equipados com respiradores. Os outros 40 devem ser recebidos na próxima semana após compra feita pelo Estado de São Paulo na China, estima o prefeito.
Flexibilização
Orlando Morando afirmou ainda que, embora seja de interesse do Executivo poder retomar as atividades econômicas, as medidas de flexibilização só serão adotadas com o “achatamento da curva” de contágio da Covid-19 e com a diminuição de pessoas infectadas na cidade.
“Não adianta decreto do prefeito, multa, se as pessoas não estiverem conscientes da importância delas usarem máscaras e manterem o isolamento social. Ou as pessoas colaboram para manter o isolamento em casa ou, infelizmente, cada vez será um número maior de pessoas que terão o isolamento hospitalar.”
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