Sarney e Collor, dois ex-presidentes e senadores, têm inquérito no STF
Dois ex-presidentes da República e atuais senadores possuem inquéritos contra si no Supremo Tribunal Federal (STF). José Sarney teria sido beneficiado em relação ao Banco Santos, que teve sua falência decretada em setembro de 2005, e depósito na conta de Fernando Collor de Mello, pelo doleiro preso Alberto Youssef.
Collor faz questão de não dar nenhuma explicação. Não há nenhuma ligação evidente com lavagem, mas são depósitos suspeitos que estão em análise. A desconfiança é de que youssef seria uma lavanderia para políticos, receberia dinheiro através de estatais.
Já no caso de Sarney, o Ministério Público de SP entendeu que houve informação privilegiada. Um dia antes da intervenção do Banco Central no Banco Santos, o atual presidente do Senado retirou dos fundos de investimentos R$2 milhões.
Nas explicações de Sarney, ele percebeu que o mercado estava desconfiado e retirou seu dinheiro porque todo mundo o estava fazendo.
Ambos representam uma instituição importante, pois são figuras de ex-líderes do País. O repórter José Maria Trindade lembra que há uma discussão para se criar um cargo de senadores vitalícioas para presidentes da república.
Eles poderiam discutir, debater, mas não votariam para não tirar o equilíbrio das Unidades da Federação. Seria um cargo de gabinete.
Quem vai relatar o caso que envolve José Sarney será o ministro do STF Dias Toffoli. Foi ele mesmo que mandou ao Ministério Público todo o processo que veio de São Paulo. A Procuradoria-Geral vai opinar no processo.
Já no caso de Collor, ainda não há nenhuma decisão. O relatório é cargo de Teori Zavascki. E seria importante também a presença de presença do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto da Costa.
A polícia faz questão de enfatizar que os depósitos suspeitos foram encontrados por acaso, durante uma busca e apreensão da Polícia Federal. Isso para mostrar que não houve nenhum trabalho de investigação do senador, o que poderia anular o inquérito.
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