Seções especiais funcionam normalmente em Brasília
No Distrito Federal, mais de 110 seções foram preparadas para receber eleitores com necessidades especiais. Em todo o país, o número de seções adaptadas passa de 32,2 mil, quase três vezes mais do que nas eleições de 2010 (17,9 mil seções). Apenas em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, são mais de 10,3 mil pontos especiais para votação este ano.
Em Brasília, seções especiais funcionam sem problemas. Alexandre Lins, 28 anos, contou que não teve qualquer problema para chegar até a seção eleitoral hoje (5). Cadeirante há 10 anos, desde que foi atropelado no trânsito, o estudante foi um dos brasileiros que requereu, na Justiça Eleitoral a votação em uma sala adaptada. “Sempre votei aqui e não tenho qualquer problema”, disse ao chegar à escola no Núcleo Bandeirante, a quase 15 quilômetros do centro de Brasília. “Foi fácil chegar até aqui e entrar na sala com a cadeira”, completou.
Aos 62 anos, dona Maria Amélia de Fátima também faz questão de cumprir o dever do voto e conta com o filho para ajudá-la, a cada eleição, a empurrar a cadeira até a urna. Ela que mora em um lar de idosos em Brasília, conseguiu o transporte da instituição até o prédio onde fica sua seção eleitoral. “Assim ficou muito fácil e o atendimento lá dentro foi perfeito. Votei no segundo andar da escola, mas tem até elevador”, afirmou. Segundo ela, no trajeto, muita gente ajuda.
Até o dia 7 de maio, prazo definido como limite pela Justiça Eleitoral, quase 149 mil eleitores com algum tipo de deficiência fizeram pedido de atendimento especial para votar hoje. O cadastro da Justiça Eleitoral reúne o registro de 430 mil eleitores com deficiência em todo o país.
As regras criadas para facilitar a votação de pessoas com alguma deficiência passsaram a valer em 2002. Pela resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os locais de votação para os deficientes precisam ter fácil acesso, como rampas, corrimão e localização no andar térreo, estacionamento próximo e instalações que atendam às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Há quatro anos foram incluídas outras normas, como a possibilidade de o eleitor ser acompanhado por uma pessoa de sua confiança para votar, mesmo sem ter pedido antecipadamente ao juiz eleitoral. Além de poder entrar na cabine, a pessoa que prestar o auxílio pode digitar os números na urna.
Para atender casos de deficientes visuais, ainda é preciso ter sistema de áudio, teclado em braile e a marca de identificação da tecla cinco na urna eletrônica. Os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) ainda recebem uma recomendação para que tentem fechar parcerias para cadastrar mesários e colaboradores que conheçam a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
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