Secretário de Segurança Pública defende transformar Força Nacional em guarda permanente
Força Nacional pode ser transformada em guarda nacional de segurança pública, segundo o secretário nacional de Segurança Pública, Guilherme Theophilo. Já defendida em governos anteriores, a proposta significa converter a atual tropa de “pronta-resposta”, formada por profissionais temporariamente cedidos pelos governos estaduais, em uma força militar integrada por efetivo próprio e permanente.
“Eu pretendo que a nossa Força Nacional seja uma guarda nacional de segurança pública institucionalizada, como existe em outros países”, disse o secretário nesta terça-feira (23), durante cerimônia de assinatura de um acordo de cooperação com o Conselho Nacional dos Institutos Federais de Educação (Conif), com o objetivo de viabilizar a realização de cursos de formação e capacitação de agentes de segurança pública em todo o país.
Segundo Theophilo, a dependência que a Força Nacional tem do Distrito Federal, que cede policiais militares e civis, bombeiros e peritos para a formação da tropa, não atende à demanda. “Todo mundo malha a Força Nacional, mas tem Estado esperando para a gente atuar lá”, comentou.
Força Nacional na Esplanada
Na última quarta-feira (17), o Ministério da Justiça e Segurança Pública autorizou o uso da Força Nacional para “preservar a ordem pública” na Esplanada do Ministérios e na Praça dos Três Poderes, em Brasília. De acordo com o secretário, a medida se deve à previsão de realização de atos e eventos organizados por diferentes movimentos sociais, tais como a 15ª edição do Acampamento Terra Livre, que é organizado pelo movimento indígena e começou nesta terça-feira, na Esplanada, e o Abril Vermelho, realizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), para cobrar a Reforma Agrária, entre outras reivindicações.
“Agora vai ter o Abril Vermelho e temos que fazer a segurança na Esplanada”, declarou, voltando a destacar a necessidade de um efetivo permanente. “Todos os presídios federais estão pedindo [a presença da tropa federativa]. Temos toda a fronteira necessitando da presença da Força Nacional. Não dá mais para ficar assim. Vamos institucionalizar; criar a carreira de segurança pública”, acrescentou o secretário, dizendo estar “dependente” dos governos estaduais.
* Com informações da Agência Brasil
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