Secretário: não há indícios de que violência em presídios no Amazonas possa se espalhar

  • Por Jovem Pan
  • 28/05/2019 17h35 - Atualizado em 28/05/2019 17h58
Marcelo Camargo/Agência Brasil Força-tarefa de Intervenção Penitenciária deve atuar em presídio onde primeiras mortes ocorreram

O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Luiz Pontel, disse nesta terça-feira (28) que não há, até o momento, indícios de que a onda de violência que vitimou 55 presos no Amazonas possa se espalhar para as penitenciárias de outros estados.

“Estamos monitorando a situação não só em Manaus como as que, eventualmente, possam acontecer em outros presídios; situações colaterais decorrentes das ações destas organizações criminosas”, afirmou, esclarecendo que as informações que os órgãos de segurança dos estados repassam à Diretoria de Inteligência Penitenciária não apontam nenhuma movimentação neste sentido.

Até o fim do dia, Pontel deve assinar a autorização para que agentes da Força-tarefa de Intervenção Penitenciária atuem no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, onde primeiras mortes ocorreram.

“O Ministério vai apoiar o estado do Amazonas neste evento, nesta diligência”, garantiu ao participar, no lugar do ministro Sergio Moro, de uma entrevista sobre a Operação Cronos II, deflagrada na manhã desta terça-feira para combater crimes de homicídio e feminicídio.

O ministério solicitou, também, à Força Aérea Brasileira (FAB) a cessão de uma aeronave para transportar o efetivo até Manaus. Além disso, uma equipe do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) já se encontra no estado, preparando junto com as autoridades locais as ações que serão implementadas.

Sobre as mortes no Amazonas

Após a morte de 55 detentos em menos de 48 horas, o governo decidiu separar os mandantes do massacre em presídios federais. O Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus,  foi palco de uma chacina neste domingo (27) que deixou 15 detentos mortos. Na segunda, o governo confirmou que mais 40 pessoas foram encontradas mortas dentro de celas de três estabelecimentos prisionais.

Além das vagas em presídios federais, o governo Jair Bolsonaro decidiu enviar um reforço de segurança ao Amazonas. Sergio Moro confirmou o envio de tropas da Força de Intervenção Penitenciária para reforçar a segurança interna dos presídios.

* Com informações da Agência Brasil

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