Segunda noite de desfiles no Rio tem enredos com críticas sociais e favoritas ao título

  • Por Jovem Pan
  • 04/03/2019 17h25 - Atualizado em 04/03/2019 18h39
WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO Favorita ao título, a Mangueira é um dos destaques da segunda noite de desfiles no Rio de Janeiro

A segunda noite de desfiles das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro promete muitas emoções. Nesta segunda-feira (4), passam pela Sapucaí São Clemente, Unidos de Vila Isabel, Portela, União da Ilha, Paraíso do Tuiuti, Mangueira e Mocidade.

Favoritas, Portela e Mangueira chegam com enredos poderosos. A escola de Madureira faz uma homenagem à cantora Clara Nunes, uma de suas seguidoras mais famosas de todos os tempos. Já a Mangueira leva à avenida um enredo com críticas sociais que pretende mostrar a história não contada do Brasil – com direito a uma homenagem à vereadora Marielle Franco, assassinada em março do ano passado.

Veja abaixo os detalhes da segunda noite de desfiles no Rio:

São Clemente (21h15)

A escola de Botafogo vai levar à Sapucaí uma crítica ao próprio Carnaval. O enredo “E O Samba Sambou” fala sobre a glamourização dos desfiles e como o dinheiro comanda a folia em vez da paixão. O desfile ainda faz uma homenagem aos carnavais antigos do Rio de Janeiro. O enredo deste ano é uma re-edição de 1990.

Unidos de Vila Isabel (22h20)

Tentando voltar ao Desfile das Campeãs, a Vila Isabel vai cantar a cidade de Petrópolis. “Em nome do pai, do filho e dos santos, a Vila canta a cidade de Pedro” fala sobre a época em que Petrópolis foi a casa da Família Real. O desfile será comandado pelo carnavalesco Edson Pereira, que ganhou a Série A do ano passado com a Viradouro.

Portela (23h25)

Favorita ao título deste ano, a Portela faz uma justa homenagem a Clara Nunes, uma das maiores cantoras brasileiras e portelense de coração. “Na Madureira moderníssima, hei sempre de ouvir um sabiá” ainda fala sobre Tarsila do Amaral, brasilidade e modernismo.

União da Ilha (0h30)

O Ceará volta à Sapucaí, desta vez exaltado pela União da Ilha. A escola da Ilha do Governador vai cantar o estado tendo como base as obras de Rachel de Queiroz e José de Alencar. “A peleja poética entre Rachel e Alencar no avarandado céu” vai trazer toda a cultura do Ceará e obras históricas como “Iracema”.

Paraíso do Tuiuti (1h35)

Depois de causar polêmica em 2018, o Paraíso do Tuiuti tem a missão de manter a boa fase neste ano. Para isso, resolveu falar sobre o bode Ioiô, animal que foi eleito vereador em Fortaleza no século passado. “O Salvador da Pátria” é um enredo cheio de críticas políticas, assim como o do ano passado, que rendeu o vice-campeonato à escola.

Mangueira (2h40)

Com o samba-enredo mais poderoso deste Carnaval, a Mangueira quer contar narrativas desconhecidas sobre a história do Brasil. “História pra ninar gente grande” exalta a luta de mulheres, negros e índios na história do país e reserva homenagens à vereadora Marielle Franco, Dandara e Luiza Mahin.

Mocidade Independente de Padre Miguel (3h45)

A Mocidade escolheu o tempo como tema de seu desfile. Com o enredo “Eu sou o tempo, tempo é vida”, a escola vai falar sobre a relação da sociedade com o tempo ao longo dos anos e levar todo tipo de relógio para a avenida.

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