Seis senadores entregam carta a Dilma com sugestões para superar a crise

  • Por Agência Brasil
  • 13/08/2015 21h51
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BRASÍLIA, DF - 31.03.2014: SENADO/DITADURA/DF - Senador Cristovam Buarque - Senado realiza nesta segunda-feira a sessão "O dia em que mergulhamos nas trevas", que relembra os 50 anos do golpe civil e militar de 1964. Entre os homenageados, compareceram apenas o ex-ministro Waldir Pires, que foi consultor-geral da República no governo de João Goulart, e o jornalista mineiro José Maria Rabelo, diretor do jornal Binômino, de Belo Horizonte, de resistência ao regime. O senador Pedro Simon (PMDB-RS) foi o primeiro a discursar. (Foto: Beto Barata/Folhapress) Beto Barata/Folhapress Senador Cristovam Buarque

A presidente Dilma Rousseff recebeu hoje (13) um grupo de seis senadores independentes, que entregaram a ela uma carta de sugestões para a superação da crise vivida pelo país. Participaram do encontro os senadores Cristovam Buarque (PDT-DF), Lasier Martins (PDT-RS), Lídice da Mata (PSB-BA), Acir Gurgacz (PDT-RO), João Capiberibe (PSB-PB) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).

Segundo o senador Cristovam Buarque, a carta contém sugestões para a parte política e propõe o reconhecimento de erros do governo. “Ela reconhecer que a crise que nós atravessamos decorre de dois tipos de equívocos – na política econômica e na condução da campanha. Mesmo que se possa dizer que esses equívocos se justificavam na época, como ela mesma disse que ninguém sabia o que ia acontecer com o preço do petróleo e com o preço da soja, mesmo assim tem que reconhecer que houve medidas que provocaram essa crise”, explicou.

Na parte política, os senadores também propuseram que a presidente procure superar a dificuldade de relação com os partidos. “Outra sugestão que nós fizemos é que ela assuma-se como do partido do Brasil e não mais como do PT, do PDT ou do PMDB. E que em função disso procure construir uma base de apoio que transcenda essas siglas. Acho que isso é uma coisa importante de ela fazer nesse momento – assumir uma posição suprapartidária”, disse o senador.

Cristovam também disse que a presidente se mostrou simpática à ideia de ir ao Senado para “falar ao Brasil”, desde que isso seja “bem costurado” para evitar que ela passe constrangimentos diante dos senadores. No entanto, ele admitiu que a ideia do encontro partiu dos próprios senadores e disse não saber se a presidente está interessada em atrair mais parlamentares para sua base de apoio.

“Ela querer retomar [a relação com a base aliada] eu não sei, porque a iniciativa foi nossa. Essa ida ao Palácio do Planalto foi iniciativa nossa, desse grupo. Eu manifestei de público aqui na tribuna que estava disposto a falar. Então não sei se ela está querendo atrair, porque a iniciativa foi nossa”, disse Cristovam Buarque.

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