Sem citar Dilma, Janaína rebate discurso da presidente afastada e de aliados

  • Por Estadão Conteúdo
  • 30/08/2016 11h12

A autora do pedido de impeachment pediu para ser respeitada no Senado e voltou a negar acusações de que teria recebido salário do PSDB por sua atuação no processo

Pedro França/Agência Senado Jurista e advogada Janaína Paschoal - ASENADO

Sem citar a presidente da República afastada Dilma Rousseff a advogada de acusação, Janaína Paschoal, rebateu, nesta terça-feira, 30, o discurso feito na segunda-feira, 29, pela presidente enquanto se defendia no processo de impeachment em julgamento no Senado. “Ontem eu fiquei surpresa com a acusação de que teria um complô. Chegou-se ao absurdo de dizer que o presidente da Câmara teria redigido a denúncia”, disse, antes de negar veementemente que o ex-presidente da Casa, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), teria ajudado na elaboração do pedido de afastamento. 

Como argumento, Janaína afirmou que a denúncia apresentada foi “desfigurada”, já que não consta nos autos as referências ao Petrolão, esquema de corrupção envolvendo a Petrobras.

Mulheres

No início da sua fala, a primeira desta terça, a advogada de acusação rebateu ainda as falas da presidente afastada de que ela está sofrendo impeachment porque é mulher. “Muito refleti e conclui que ninguém pode ser perseguido por ser mulher, mas ninguém pode ser protegido por ser mulher. Fosse a presidente da República um homem, eu pediria o impedimento do mesmo jeito”, afirmou.

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