Moreira Franco: sem Reforma, próximo presidente poderá viver mesma situação da Grécia

  • Por Jovem Pan
  • 15/12/2017 12h55 - Atualizado em 15/12/2017 12h59
Reprodução/Exame Para o ministro de Temer, é necessário aprovar a reforma da Previdência para “garantir o futuro do País”

O governo adiou a votação da reforma da Previdência para 2018, mas os discursos da equipe econômica continuam enfáticos sobre a urgência de se mudarem as regras da aposentadoria.

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência Moreira Franco disse nesta sexta-feira (15) que a aprovação ou não da reforma influenciará o debate eleitoral do ano que vem.

“A discussão, se a Previdência for aprovada, será a orientação de política econômica que será tomada. Se a Previdência não for aprovada, o debate será a Previdência”, afirmou.

Na sequência, Moreira afirmou que o próximo presidente do Brasil poderá enfrentar situação similar à da Grécia, pivô da crise econômica na Europa, que teve de cortar aposentadorias e benefícios. O ministro também citou Portugal e o Estado do Rio de Janeiro.

“Se não aprovar (a reforma da Previdência), o próximo (presidente) pode viver a mesma situação da Grécia, ou a mesma situação de Portugal, que teve de cortar salários, cortar Previdência, porque não tinha como pagar. Eu, que sou do Estado do Rio de Janeiro, vejo a dramaticidade disso”, declarou, citando “aposentados que não estão recebendo salários atrasados e dependem disso para viver”.

A fala de Moreira Franco foi dada em evento da revista Exame, transmitido ao vivo pela página do Palácio do Planalto no Facebook. Veja abaixo:

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Publicado por Planalto em Sexta, 15 de dezembro de 2017

Ainda comentando sobre as eleições presidenciais que se aproximam e a necessidade de as reformas serem pautadas no debate, Moreira Franco disse, alfinetando a ex-presidente Dilma Rousseff (PT): “não dá mais para a gente viver farsa na eleição. Um dos grandes problemas que a presidente Dilma teve foi fazer a eleição com um discurso e tentar governar com outro rumo”.

Franco garantiu também que “o presidente Michel Temer não vai recuar na aprovação da reforma da Previdência” e voltou a repetir o discurso da propaganda oficial de que as alterações nas regras visam a combater “injustiças e privilégios”.

“O problema da Previdência é mundial, uma vez que a população está vivendo mais. A essência da proposta que foi encaminhada ao Congresso combate os privilégios”, declarou Moreira Franco.

Sem crescimento sustentável

Moreira Franco também comentou outros dados econômicos do governo e as tentativas de privatizações do governo de Michel Temer. Para o ministro, o Brasil ainda não tem um crescimento sustentável em sua economia e as reformas apresentadas pela equipe do peemedebista poderão criar as “bases” para isso.

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