Semana seguinte à denúncia contra Temer será agitada no Congresso

  • Por Estadão Conteúdo
  • 03/07/2017 12h06
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BRA101. BRASILIA (BRASIL), 26/06/2017.- El presidente de Brasil, Michel Temer, participa hoy, lunes 26 de junio de 2017, en una Ceremonia de Sanción de la Ley que regula la Diferenciación de Precio, en el Palacio de Planalto, en la ciudad de Brasilia (Brasil). Temer, que entre hoy y mañana puede ser denunciado formalmente por supuesta corrupción, participó en un acto con empresarios, se mostró sereno y afirmó que "nada" lo "destruirá". EFE/Joédson Alves EFE/Joédson Alves Aliados do governo defendem que, no mesmo dia, o presidente apresente seus argumentos contra a denúncia

A semana seguinte à entrega da denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer (PMDB) na Câmara dos Deputados será marcada por importantes movimentações no Congresso. Já nesta terça-feira (4), o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), deve escolher o relator da denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Temer. O responsável pela relatoria terá cinco sessões, após a manifestação da defesa, para apresentar seu parecer.

Aliados do governo defendem que, no mesmo dia, o presidente apresente seus argumentos contra a denúncia. Os advogados dizem que, até o fim desta semana, devem apresentar a defesa. Temer tem até dez sessões para protocolar a defesa na Câmara e a intenção do Planalto é entregá-la o mais rápido possível.

Também nesta terça-feira, o PSB deve fazer uma reunião para discutir sobre a posição da bancada em relação ao seguimento da denúncia. A líder Tereza Cristina (MS) é próxima a Temer, mas admite que a maioria da bancada, de 36 deputados, deve optar por votar pelo seguimento da denúncia.

Senado

A semana também será agitada no Senado. Autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a retomar o mandato após afastamento do cargo desde maio, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) avalia fazer nesta terça-feira um discurso no plenário para se defender de acusações da PGR. O tucano também deve ouvir seus colegas de partido sobre seu retorno ou não à presidência da sigla, ocupada interinamente pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).

Após a saída do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) da liderança do partido na Casa, os peemedebistas devem fazer, nesta terça-feira, uma reunião para decidir quem ocupará o cargo. Com o partido fragilizado, os senadores querem evitar uma votação e preferem fazer o encontro já com um nome acordado para o cargo.

A escolha acontece em meio a um novo debate sobre a reforma trabalhista na Casa. O presidente do Senado, Eunício de Oliveira (PMDB-CE), programou a votação do requerimento de urgência para o projeto nesta terça-feira, 4. Se todos os prazos forem cumpridos, o projeto poderia ser votado já no dia seguinte. Porém, para evitar confrontos com a oposição e buscar apoio mais consistente na base, a votação de quarta-feira deve ser adiada.

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