Senadores petistas cobram que Lira mantenha expressão ‘relatório fraudulento’

  • Por Estadão Conteúdo
  • 04/08/2016 12h12
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Comissão Especial do Impeachment 2016 (CEI2016) realiza reunião para discussão do relatório. Bancada (E/D): advogado da presidente afastada Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo; senador Humberto Costa (PT-PE); senador Lindbergh Farias (PT-RJ); senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR); senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM); senador Magno Malta (PR-ES); advogado de acusação, João Berchmans Correia Serra. Foto: Pedro França/Agência Senado Pedro França/Agência Senado Comissão do Impeachment no Senado - Ag. Senado

Senadores petistas protestaram contra a decisão do presidente da Comissão Especial de Impeachment do Senado, Raimundo Lira (PMDB-PB), de retirar da notas taquigráficas as declarações de Fátima Bezerra (PT-RN), que classificou o parecer do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) favorável ao afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff de “fraudulento”.

Inicialmente, o líder da oposição no Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ), defendeu a manutenção da expressão usada pela colega de bancada ao justificar que essa é uma opinião que eles têm. “A opinião de cada senador é livre”, afirmou Lindbergh, ao cobrar a inclusão das declarações de Fátima na ata, para ficar para a “história”. Outros senadores do PT fizeram coro ao questionamento.

Raimundo Lira disse, inicialmente, que o documento de Anastasia não pode ser reconhecido “em hipótese nenhuma” como fraudulento. “Vossa Excelência não pode censurar a nossa opinião. É fraude, fraude e fraude”, reclamou novamente Lindenbergh.

O presidente da comissão disse que sempre tem mandado, quando percebe, retirar qualquer expressão de desrespeito. Depois, ele usou o regimento interno do Senado para afirmar que ele tem poder para retirar quaisquer expressões descorteses e de insulto dos debates das publicações oficiais da Casa.

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) disse, logo em seguida, que só vai aceitar votar o parecer de Anastasia depois da leitura, na íntegra, dos debates.

O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), afirmou que a iniciativa dos aliados de Dilma é mais uma “tentativa de procrastinação” dos trabalhos. “Tentam ganhar mais alguns minutos e segundos”, criticou.

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