Sérgio Cabral é condenado pela 4ª vez e acumula 87 anos em penas

  • Por Jovem Pan
  • 19/12/2017 13h12 - Atualizado em 19/12/2017 13h46
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EFE EFE Com mais essa condenação, o ex-governador acumula 87 anos de prisão em penas, sendo três sentenciadas por Bretas e uma pelo juiz Sérgio Moro

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral foi condenado nesta terça-feira (19) a 15 anos de prisão pelo crime de lavagem de dinheiro. Essa é a sua quarta condenação na Operação Lava Jato. A sentença do juiz Marcelo Bretas é parte da Operação Eficiência, que investigava a atuação de Renato e Marcelo Chebar.

Com mais essa condenação, o ex-governador acumula 87 anos de prisão em penas, sendo três sentenciadas por Bretas e uma pelo juiz Sérgio Moro.

Além de Cabral, mais dez réus também foram condenados, incluindo a sua mulher, Adriana Ancelmo. Ela foi liberada da Cadeia Pública José Frederico Marques, na zona norte, na manhã desta terça-feira após despacho do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.

As provas reunidas nas Operações Calicute e Eficiência do Ministério Público Federal (MPF) apontaram que Cabral e integrantes de seu suposto esquema de corrupção promoveram lavagem de ativos no Brasil. As operações ocorreram por meio de pagamento de despesas pessoais do ex-governador e seus familiares e movimentação de valores ilícitos.

Em sua sentença, Bretas sustenta que Cabral é o principal idealizador do “audaz” esquema de lavagem de dinheiro que movimentou milhões no Brasil e no exterior.

“A magnitude de tal esquema impressiona, seja pela quantidade de dinheiro espúrio movimentado (milhões), seja pelo número de pessoas envolvidas na movimentação desses recursos. Além disso, a lavagem de dinheiro que tem como crime antecedente a corrupção reveste-se de maior gravidade, por motivos óbvios, merecendo o seu mentor intelectual juízo de reprovação mais severo”, argumentou.

Vale lembrar que nesta segunda-feira (18), Bretas aceitou mais uma denúncia contra o ex-governador, que se tornou réu pela 17ª vez.

Já sobre Adriana, o juiz argumenta que a culpabilidade da ré no esquema “se mostra bastante acentuada”. “Adriana, mulher de Sérgio Cabral, e membro da organização liderada por ele, usava seu escritório de advocacia para lavar o dinheiro espúrio angariado pela Organização Criminosa”, escreveu o juiz.

Defesas

A reportagem está tentando ouvir os defensores de Cabral e Adriana Ancelmo. O espaço está aberto para as manifestações dos advogados.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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