Servidor do Banco Central é nomeado presidente do novo Coaf

Ricardo Liáo substituirá Roberto Leonel

  • Por Jovem Pan
  • 20/08/2019 15h09 - Atualizado em 20/08/2019 15h16
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Fátima Meira/Estadão Conteúdo Fátima Meira/Estadão Conteúdo Autoridade monetária elevou os juros para 11,75% ao ano no encontro realizado em março

Ricardo Liáo ocupará a presidência da Unidade de Inteligência Financeira (UIF), o novo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). A nomeação foi feita nesta terça-feira (20) pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Atualmente, Liáo é diretor de Supervisão do Coaf e servidor do BC. Ele substituirá Roberto Leonel, servidor da Receita Federal e antigo presidente do órgão.

Transformação do Coaf em UIF

O presidente Jair Bolsonaro assinou na noite de segunda-feira (19) a medida provisória que transfere o Coaf do Ministério da Economia para o Banco Central. O órgão passará a se chamar Unidade de Inteligência Financeira (UIF, sigla informal que não consta da norma).

“O novo ente será vinculado ao Banco Central do Brasil e responderá à Diretoria Colegiada do Banco Central, mas não será, exatamente, parte integrante da estrutura do Banco Central do Brasil e terá autonomia técnica e operacional”, disse o governo, em nota.

Segundo o comunicado, o Ministério da Economia e o Ministério da Justiça e Segurança Pública “prestarão apoio administrativo” ao UIF num período de transição. “Continuará havendo Conselho Deliberativo para definir diretrizes estratégicas e para julgar processos administrativos sancionadores.”

Por ter sido criado via Medida Provisória, o texto da transferência tem 120 dias para ser aprovada no Congresso Nacional a fim de entrar em vigor de forma definitiva. Caso contrário, perde a validade.

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras é atualmente vinculado ao Ministério da Economia. Entre outras funções, o órgão atua na prevenção e combate à lavagem de dinheiro. No início do governo Bolsonaro, o Coaf ficava no Ministério da Justiça, mas foi para a Economia após votação no Congresso, em maio.

*Com Estadão Conteúdo

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