Shoppings reabrem no RJ com poucos consumidores e muitas restrições

  • Por Jovem Pan
  • 11/06/2020 15h27 - Atualizado em 11/06/2020 15h45
Gabriel Bastos/Estadão Conteúdo mulher apontando termômetro no rosto de homem Brasil é o terceiro país com mais casos da Covid-19 no mundo.

Quarenta shoppings abriram nesta quinta-feira (11) no estado do Rio de Janeiro, uma semana antes do previsto e após quase três meses fechados, segundo a Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce), elevando para 385 o número de estabelecimentos em operação no País, dos 577 existentes.

O shopping Rio Sul, um dos mais antigos da capital, na zona sul, decidiu manter a previsão de abrir apenas no dia 16, como estava previsto. Outros muito frequentados decidiram reabrir, como Norte Shopping, Shopping Tijuca e Nova América, na zona norte, Botafogo Praia Shopping, Shopping da Gávea e Shopping Leblon, na zona sul, e Barra Shopping, na zona oeste, entre outros.

Cercada de restrições e com baixa frequência de consumidores, a retomada dos shoppings é uma tentativa de manter empregos e a sobrevivência das lojas, que há 83 dias tiveram que fechar as portas por causa da pandemia da Covid-19, avaliou o vice-presidente Institucional da Multiplan, Vander Giordano.

Com a experiência em sete shoppings já reabertos em outras cidades em maio, a Multiplan reabriu hoje o Barra Shopping, na zona oeste, um dos maiores da cidade do Rio, além do Village Mall e o Park Shopping Campo Grande.

“Contratamos um infectologista e criamos um protocolo próprio para a reabertura, validado pelo Hospital Sírio e Libanês, que inclui medidas adicionais às determinadas pela Prefeitura”, explica Giordano diretamente do Barrashopping, onde foi conferir a abertura.

No Rio, os estacionamentos estão restritos a um terço da capacidade, e, para entrar no shopping, é necessário medir a temperatura e higienizar as mãos com álcool gel, com alguns inclusive adotando tapetes para higienização dos sapatos. Quem estiver com temperatura acima de 37,5 graus é proibido de entrar. Por isso, filas têm sido formadas nas entradas dos shoppings.

“Redobramos os cuidados com a higienização dos shoppings, e é importante que a população siga todas as recomendações de saúde para manter as lojas abertas”, afirmou o executivo, informando que, para a reabertura, foi necessário investir na compra de máscaras, luvas, bactericidas, filtro para ar condicionado, câmeras para aferir temperatura, treinamento, álcool gel e em campanhas educacionais.

Menos tempo no shopping

De acordo com a experiência de Giordano, o fato dos restaurantes, cinemas e lanchonetes estarem fechadas garante a menor permanência dos consumidores no shopping, o que também ajuda a manter o ambiente saudável contra o vírus.

“O tempo de permanência nos shoppings que era de 70 minutos caiu para 28 minutos nos que foram abertos antes (maio), acho que aqui vai ser o mesmo”, disse o executivo, que não cria qualquer expectativa em relação à reabertura na véspera do Dia dos Namorados.

“O momento é delicado para a economia, a renda da população foi abalada e o consumo está retraído, não temos nenhuma expectativa em relação à data”, afirmou.

Durante os dias fechados, a Multiplan tentou ajudar os lojistas isentando de algumas taxas e reduzindo aluguel (50% em março e 100% em abril), isenção de 100% no fundo de promoção (março e abril) e 50% no condomínio (março e abril). “Se não nos unirmos o setor vai enfrentar mais problemas do que já estamos enfrentando”, avaliou.

*Com informações do Estadão Conteúdo

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.