Sindicato patronal e professores entram em acordo para manter CCT por um ano
Nesta terça, 102 escolas tiveram suas atividades suspensas. Se a proposta for homologada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-SP), também haverá reposição salarial da inflação, calculada a partir de uma cesta de indicadores.
A diretora do Sinpro-SP, Silvia Barbára, explicou a Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que, enquanto o acordo válido por um ano não for homologado na Justiça, a categoria ainda pode deflagrar uma greve. “Assim como a assembleia aprovou a proposta, foi aprovado que ainda pode entrar em greve, se este acordo não for implementado”, disse. A greve teria início nesta quinta-feira.
O presidente do Sieeesp, Benjamin Ribeiro da Silva, comentou os próximos passos. “Pela proposta, renovaríamos as cláusulas sociais por um ano, para poder voltar a discutir no ano que vem. Vou levar a proposta aos associados, precisamos aprovar em assembleia”, afirmou.
Entre os termos que seriam mantidos estão o recesso remunerado dos professores no fim do ano em 30 dias, em vez mudança para 23 dias; duas bolsas de estudo para filhos de professores em escolas com menos de 200 alunos; férias coletivas entre junho e julho, entre outros. “Até concordo com a posição que o Sinpro-SP teve, de que, na crise pela qual passa o País, mais um embate entre professor e escola é a última coisa que queremos”, afirmou Silva. “Ainda assim, é preciso ter em mente que a revisão do recesso escolar é uma questão vital para a escola e teremos que mudar lá na frente”, disse.
A diretora do Sinpro-SP, por sua vez, sinalizou que também deverá reivindicar mudanças na negociação do ano que vem. “Da mesma forma que ele pode propor uma revisão do recesso escolar, iremos propor a hora tecnológica”, disse. A demanda dos professores, explicou Silvia, decorre da sobrecarga de trabalho a partir de avanços tecnológicos.
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