Sistema chefiado por Maduro constitui mecanismo de crime organizado, afirma Ernesto Araújo

  • Por Jovem Pan
  • 17/01/2019 21h46
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EFE Opositores de Maduro visitaram o Brasil e se reuniram com chanceler e Bolsonaro

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, divulgou nota na noite desta quinta-feira (17) destacando que o Brasil pode apoiar um governo interino na Venezuela, liderado pelo chefe do parlamento, Juan Guaidó. O deputado se declarou presidente do país e chegou a afirmar que convocaria novas eleições – depois, foi preso e solto em seguida.

O chanceler também atacou o atual presidente, no poder desde 2013 e que assumiu novo mandato semana passada. “O sistema chefiado por Nicolás Maduro constitui um mecanismo de crime organizado. Está baseado na corrupção generalizada, no narcotráfico, no tráfico de pessoas, na lavagem de dinheiro e no terrorismo”, declarou.

Reunião

A legitimação de um governo de Guaidó foi discutida em encontro com opositores venezuelanos e representantes da Organização dos Estados Americanos (OEA), do Grupo de Lima e dos Estados Unidos, ao longo desta quinta. O presidente Jair Bolsonaro chegou a gravar um vídeo afirmando que faria de tudo pela democracia venezuelana.

“A reunião teve por objetivo analisar a situação na Venezuela decorrente da ilegitimidade do exercício da presidência por Nicolás Maduro e da manifestação do presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, de sua disposição de assumir a Presidência da Venezuela interinamente, seguindo a Constituição venezuelana”, ressaltou o comunicado.

“Teve igualmente por objetivo discutir ideias de ação concreta para restabelecer a democracia na Venezuela.” No comunicado, o chanceler destacou o apoio do governo brasileiro à oposição de Maduro. “O Brasil tudo fará para ajudar o povo venezuelano a voltar a viver em liberdade e superar a catástrofe humanitária que hoje atravessa.”

Ernesto Araújo também ressaltou no texto que há um “genocídio silencioso” na Venezuela e, segundo opositores, 300 mil pessoas correm risco de morrer de fome no país latino-americano. “Mais de 11.000 recém-nascidos perdem a vida anualmente por falta de atendimento primário pós-natal. O déficit de medicamentos é de 85%”, destacou.

Vídeo

Em vídeo gravado ao lado de opositores de Maduro, o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, disse que fará de tudo para ajudar a restabelecer a democracia na Venezuela. Ele classificou como “desgoverno” a gestão do venezuelano. “Faremos sim, continuaremos fazendo, tudo o [que for] possível para restabelecer a democracia e a liberdade.”

*Com informações do Estadão Conteúdo

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