Situação na fronteira é de normalidade e governo brasileiro continuará plano humanitário, diz porta-voz

  • Por Jovem Pan
  • 21/02/2019 19h30
EFE EFE Ditador venezuelano ordenou fechamento de fronteira com o Brasil

O porta-voz do governo, Otávio Santana do Rêgo Barros, afirmou nesta quinta-feira (21) que a situação na fronteira com a Venezuela “é de normalidade” e que “tropas nacionais permanecem em operação”. Mais cedo, o ditador venezuelano Nicolás Maduro ordenou o fechamento da fronteira terrestre, por onde entraria ajuda humanitária ao país.

“Há pouco falei com o comandante da brigada [que atua na região] e a fronteira estava aberta, com fluxo normal”, disse, em entrevista coletiva no início da noite. A área fronteiriça é responsabilidade da 1ª Brigada de Infantaria de Selva. “A situação no país vizinho continua sendo acompanhada com atenção pelo nosso governo.”

Ajuda humanitária

De acordo com o porta-voz, “prossegue o planejamento da operação de apoio humanitário” à Venezuela, “mediante a oferta de alimentos e remédios a partir do próximo dia 23”. Esse apoio é tido como motivação para o fechamento da fronteira. Maduro disse que estuda bloquear também o acesso colombiano, outra rota da ajuda internacional.

“O cuidado brasileiro com nossos irmãos venezuelanos permanece por meio da Operação Acolhida, desencadeada há mais de um ano”, informou Rêgo Barros. “Os meios disponibilizados pelo governo federal para o estado de Roraima e para esta operação iniciaram o deslocamento para a região com o apoio da Força Aérea Brasileira.”

Partindo de Porto Alegre (RS) com 22,8 toneladas de leite em pó, um avião da Aeronáutica foi pousou em Brasília nesta quinta, para receber 500 kits de primeiros socorros. Da capital federal, o voo segue para Boa Vista (RR), onde os materiais ficarão estocados até serem levados, por motoristas venezuelanos, para o destino final.

Contudo, com o fechamento da fronteira, essa transferência de materiais pode ser interrompida. Sem falar em provocação ou na efetivação da ameaça de Maduro, o porta-voz confirmou que a ajuda humanitária só deve ultrapassar a fronteira da Venezuela “se houver a disponibilidade de meios e motoristas” pelo “presidente [Juan] Guaidó“.

Reunião

Nesta quinta-feira, revelou o porta-voz, o presidente Jair Bolsonaro se reuniu – para tratar do tema – com os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo), além te ter “estabelecido contatos com o Ministério das Relações Exteriores”.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.