Skaf critica atitude do Governo: “comodamente prefere aumentar impostos”

  • Por Jovem Pan
  • 08/08/2017 18h12 - Atualizado em 08/08/2017 18h14
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Brasília- DF- Brasil- 06/01/2015- Reunião com o presidente da Fiesp, Paulo Skaff. Fotos: Erasmo Salomão Fotos Públicas Presidente da Fiesp, Paulo Skaff, revela que a campanha "não vamos pagar o pato" teve a adesão de 1,2 milhão de pessoas

O governo Temer segue buscando formas para aumentar a arrecadação do estado e garantir o cumprimento da meta fiscal para 2018. Além da alta do PIS/Cofins, entre as alternativas propostas estão a criação de novas alíquotas do Imposto de Renda, e o fim da isenção sobre as LCAS (Letras de Créditos do Agronegócio). Nesta terça-feira, o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, se reuniu com o ministro da Fazenda Henrique Meirelles e mostrou que a entidade segue firme em seu propósito de “não pagar o pato”.

Em entrevista à Jovem Pan, Skaf afirmou que a Fiesp vai trabalhar para que a Medida Provisória, que prevê a reoneração da folha de pagamentos, que será votada no dia de 10 agosto, não passe. “Nossa posição é bastante clara e firme e não é de hoje, desde 2015 quando criamos a campanha ‘não vamos pagar o pato’, conseguimos combater a volta da CPMF. Continuamos nessa luta e estamos trabalhando para que caduque a MP. Somos radicalmente contra o aumento de impostos, inclusive o imposto sindical”, revelou Skaff.

De acordo com o presidente da Fiesp, a volta da contribuição sindical até seria benéfica para a entidade, pois traz receita à Fiesp e aos seus sindicatos, mas o propósito é seguir contra qualquer tributo. “Apesar de sentirmos na pele, nós somos contra e continuamos”, reiterou Skaff.

“O que eu ouvi do ministro é que não há intenção do governo em aumentar os impostos para cumprir meta fiscal. Mas é bom que não haja mesmo porque a reação da sociedade será muito forte.  Não é possível que em um País que arrecada R$ 2 trilhões em impostos, sempre faltar dinheiro para tudo. Ao invés de apertar os cintos para valer, eliminar desperdícios, combater a corrupção, fazer mais com menos, comodamente o governo prefere aumentar impostos”, completou.

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