Skaf diz que foco é impeachment, mas não descarta greve geral caso isso ajude

  • Por Jovem Pan
  • 17/03/2016 17h47
Antonio Cruz / Agência Brasil Paulo Skaf

O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) convocou para esta quinta-feira (17) uma reunião de emergência com sindicatos, associações e federações das indústrias.

A reunião teve como objetivo discutir o agravamento da crise política e econômica brasileira. Mais tarde, Skaf falou sobre a possibilidade de uma greve geral.

“Se houver circunstância, em algum momento, de que uma greve geral ajude o impeachment a ter sucesso, se deve fazer”, afirmou à Jovem Pan. O presidente da Fiesp, no entanto, crê que é mais “objetivo e pragmático nos concentrarmos no Congresso Nacional”.

Skaf disse acreditar que o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff será aprovado no Congresso. “A decisão é dos deputados e senadores. Teremos que ter uma dinâmica, mas o momento é d enos concentrarmos no trabalho do Congresso nacional”, pontuou.

O presidente da Fiesp declarou ainda que o grande problema atual é o impeachment da presidente e é onde focará, mas afirmou que não irá apoiar nenhuma ilegalidade. “Se estamos criticando ilegalidade, não podemos pregar coisas contra a lei”.

Comissão do impeachment

A comissão processante do impeachment foi aprovada nesta quinta por 433 votos a favor na Câmara Federal. Apenas um voto foi dado contra, numa tentativa frustrada dos governistas de obstruir a votação não marcando presença. Os deputados protagonizaram intenso bate-boca e cantaram o hino nacional ao final da votação. Os 65 deputados escolhidos elegerão presidente e relator em breve.

Instalada, comissão especial comunicará à presidente da República o início da análise e ela terá o prazo de dez sessões do Plenário para enviar sua defesa à comissão. Depois, a comissão enviará parecer para ser votado pelo plenário da Câmara.

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