Só com discurso unificado será possível pressionar saída de Dilma, avalia oposição na Câmara
A oposição na Câmara dos Deputados avalia que só com o discurso unificado será possível pressionar pela saída de Dilma Rousseff. Os partidos se dividem sobre a possibilidade imediata de entrar com um pedido de impeachment.
Nesta semana as legendas assinaram um comunicado em que concordam com a necessidade de buscar alternativas ao caos. O líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno, destaca que a oposição precisa criar as condições políticas.
“Nós temos que buscar vocalizar um sentimento de unidade para que este sentimento de unidade dê uma resposta ao povo brasileiro, aos milhões que estão nas ruas pedindo uma providência. Nós, politicamente, temos que dar esta resposta. Eu sou favorável ao impeachment. Tudo está colocado. As provas das pedaladas fiscais, dinheiro entregue para a campanha de 2010 e 2014, dinheiro entregue no diretório do PT em São Paulo. Tudo está ligado”, explicou.
Além do PPS, de Rubens Bueno, o PSDB, o DEM, o PSC e o Solidariedade devem se reunir na semana que vem para unificar o discurso. O deputado Mendonça Filho, líder do Democratas na Câmara, admite que a oposição não tem um um posicionamento convergente.
“Não dá para você ter uma oposição que um dia prega o impeachment, no outro você tem a defesa da cassação do mandato pelo TSE. A regra indica que você tem que cumprir a previsão constitucional. Se tem uma apuração no âmbito judiciário, que ela vá adiante com as consequências que prvê. Se, porventura, o julgamento é político e jurídico, que se dá no Parlamento avaliando o processo de impeachment, se avalia este processo constitucional”, avaliou.
O deputado Mendonça Filho, do DEM, chegou a dizer nessa semana que a corrupção na era Collor era “fichinha” se comparada ao quadro atual. De acordo com os líderes oposicionistas, independentemente do resultado dos processo no TCU e TSE, os partidos devem estar unidos.
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