Sobral espera “relacionamento melhor” entre PF e MP com Raquel Dodge
O presidente da Associação Nacional de Delegados de Polícia Federal (ADPF), Carlos Eduardo Sobral, admite que há um “clima ruim” entre a PF e o Ministério Público Federal.
Sobral torce para que a procuradora escolhida pelo presidente Michel Temer para a chefia da Procuradoria-Geral “tenha uma iniciativa diferente” e “melhor” que a do atual PGR Rodrigo Janot.
“A gente espera que o relacionamento seja melhor. Que haja respeito das funções constitucionais da Polícia Federal e do Ministério Público”, disse o representante dos PFs, assumindo que a rixa entre os órgãos prejudica as investigações. “Que um não tente subjugar o outro porque a tentativa de controle de uma instituição sobre a outra acaba afastando e impedindo a cooperação e o trabalho de forma coordenada”.
“Espero que a procuradora Raquel Dodge tenha uma iniciativa diferente que aproxime e permita que as instituições trabalhem de uma forma integrada”, afirmou Sobral em entrevista exclusiva ao Portal Jovem Pan após participação no Fórum Mitos e Fatos.
“Melhor do que foi (com) o Janot. A proposição da Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) afastando a Polícia Federal das delações premiadas e a decisão dele de afastar a Polícia Federal das delações da Odebrecht gerou uma cizânia e um clima ruim entre as duas instituições”, assumiu.
No âmbito da Lava Jato, a Polícia Federal participava dos acordos de delação celebrados pela força-tarefa do Ministério Público em Curitiba. Mas a ausência de delegados nas oitivas realizadas pelo MPF na colaboração da Odebrecht, em Brasília, aumentou a tensão que já vem de anos.
Carlos Eduardo Sobral também participou do painel da Jovem Pan que discutiu a Justiça brasileira. Veja alguns trechos abaixo:
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