SP: Academias comemoram reabertura parcial nesta segunda; limitações preocupam

Para a retomada, o protocolo da prefeitura prevê restrição para uso de bebedouros e vestiários, a necessidade de higienização de aparelhos e distância mínima de dois metros entre os alunos

  • Por Jovem Pan
  • 13/07/2020 10h51 - Atualizado em 13/07/2020 10h57
José Cruz / Agência Brasil Duas máquinas de pedalar de academia colocadas sobre um chão de taco marrom em primeiro plano; no fundo, uma série de pessoas fazem exercícios físicos em outras máquinas As academias vão medir a temperatura dos alunos e funcionários antes da entrada e também investigar o histórico da Covid-19, com os frequentadores tendo de responder a uma série de perguntas antes de entrar

Representantes de academias de São Paulo comemoraram a decisão do prefeito Bruno Covas (PSDB) que autorizou a retomada parcial das atividades a partir desta segunda-feira (13). No entanto, o setor reclama do limite de seis horas diárias para funcionamento, argumentando que a decisão pode impulsionar risco de aglomeração.

Segundo o protocolo da prefeitura, as academias poderão reabrir com até 30% da capacidade, seguindo esquema de agendamento prévio. Os locais também devem adotar outras medidas contra a Covid-19, incluindo restrição para uso de bebedouros e vestiários, higienização de aparelhos, no mínimo, a cada duas horas e distância mínima de dois metros entre as pessoas. Os estabelecimentos vão medir a temperatura dos alunos e funcionários antes da entrada e também investigar o histórico da Covid-19, com os frequentadores tendo de responder a uma série de perguntas antes de entrar.

Diretor de Operações da Just Fit, Paulo Rebello afirma que as unidades da rede vão reabrir nesta segunda-feira. Segundo ele, o grupo estudava protocolos aplicados no Brasil e no exterior há 45 dias e fez estoque de insumos de higiene para se precaver contra possíveis “sumiços” de produtos no mercado. “Nós estamos preparados para reabrir com segurança. Com a limitação de 30% da capacidade máxima, teremos entre 70 a 80 pessoas por hora treinando. Em geral, as nossas unidades têm 1 mil m², então há tranquilidade para evitar aglomeração”, diz Rebello.

O representante destaca que o setor foi um dos mais prejudicados pela pandemia, ficando quatro meses fechado. Ele também destaca que o limite de horário “não é interessante do ponto de vista econômico, então seria interessante poder trabalhar dentro do horário normal.”

Já Filippe Savoia, CEO da Bluefit, diz que com horários estendidos seria mais fácil evitar aglomerações. “Estamos de acordo com as regras definidas, com exceção do funcionamento limitado a seis horas. Acaba fazendo mais sentido funcionar por mais tempo durante o dia e evitar a concentração de pessoas em horários limitados.”

Segundo Savoia, além das medidas previstas no protocolo, a rede fará distribuição gratuita de máscaras para os alunos. “Acreditamos que a prática das atividades físicas são importantes para aumentar a imunidade e a saúde das pessoas. Dessa forma somos favoráveis às reaberturas”, afirma. No entanto, como os contratos dos funcionários estão suspensos, ainda não há previsão para a reabertura das unidades.

Em nota, a Smart Fit afirma que o protocolo de São Paulo é “um dos mais rígidos”, mas que estaria apoiado “nas melhores práticas de biossegurança”. “Temos dialogado com outras redes de academia espalhadas pelo mundo, que já viveram processos de reabertura e a implementação dos protocolos”, diz. “O grupo entende e apoia a rigidez desses protocolos pois em um momento de reabertura, o principal objetivo deve ser a segurança dos colaboradores e clientes.”

Para se adaptar às regras, as unidades da rede só devem reabrir na terça-feira (14). “Não abriremos na segunda-feira, principalmente para garantir o treinamento de toda a equipe de colaboradores e terminarmos a implantação de todos os procedimentos que o protocolo determina.”

*Com informações do Estadão Conteúdo

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