SP confirma 1ª morte por coronavírus; outros 4 óbitos são investigados

  • Por Jovem Pan
  • 17/03/2020 13h30 - Atualizado em 18/03/2020 08h16
EFE/Sebastião Moreira Vítima é homem de 62 anos que teve o início dos sintomas no dia 10 de março

O secretário estadual de Saúde, José Henrique Germann, confirmou o primeiro óbito por coronavírus no município de São Paulo em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (17). Segundo o secretário, a vítima é um homem de 62 anos, diabético e cardiopata, que teve os primeiros sintomas no dia 10 de março.

Ele foi internado no sábado (14) em um hospital privado, que não teve o nome revelado, e entrou em óbito na segunda (16). A vitima não tem histórico de viagem para o exterior.

De acordo com o coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo, David Uip, outras quatro mortes são investigadas na mesma rede hospitalar. Uip descartou que um dos óbitos teria acontecido em um hospital no bairro do Tatuapé, como circulava nas redes sociais. Segundo ele, foi confirmado que a paciente em questão faleceu em decorrência de uma gripe comum.

Os números de pacientes em estado grave em todo o estado ainda não são conhecidos. De acordo com as autoridades de Saúde, isso acontece porque a pandemia afetou primeiro a rede privada. O coordenador de Controle de Doenças Paulo Menezes reforçou, por isso, a importância de os serviços privados notificarem as secretarias.

Segundo o último levantamento oficial do Ministério da Saúde, divulgado na última segunda-feira, o estado de São Paulo tem 152 casos confirmados e outros 1177 suspeitos. Novos dados devem ser divulgados ainda na tarde desta terça-feira.

Doação de sangue

O governo do estado de São Paulo reforçou que os bancos de sangue dos hospitais estaduais estão em situação crítica. “O que tem melhor situação tem sangue para uma semana”, declarou o coordenador David Uip. De acordo com ele, isso é extremamente grave e a população precisa contribuir.

“A grande reflexão é que as pessoas não estão doando porque têm medo de serem infectadas no hospital, sendo que lá é o local mais seguro para o doador nessa questão”, completou.

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