SP libera R$ 100 milhões de fundo de multas para segurança no trânsito
O objetivo é utilizar os recursos para executar planos de segurança no trânsito, como parte do programa Respeito à Vida – São Paulo Dirigindo com Responsabilidade
O governo de São Paulo liberou R$ 100 milhões do fundo de recursos de multas para 218 municípios. O objetivo é utilizar os recursos para executar planos de segurança no trânsito, como parte do programa Respeito à Vida – São Paulo Dirigindo com Responsabilidade.
Por meio de convênios com prefeituras paulistas, haverá ações focadas em educação no trânsito, com capacitação de professores.
O programa foi anunciado nesta terça-feira (18), no Palácio dos Bandeirantes. A iniciativa visa combater à violência no trânsito. Para governador João Doria (PSDB), o programa vai garantir à população o direito de transitar por vias e rodovias com segurança.
“Iniciando a campanha no mês de junho, em 7 meses, até o final do ano, estaremos com um índice melhor do que o índice desse momento. Não estamos satisfeitos, podemos melhorar”.
Só em 2018, foram registradas cerca de 5.500 mortes em ruas e estradas paulistas, cerca de uma a cada 28 acidentes.
Além dos convênios com as prefeituras, o programa tem ações focadas em educação no trânsito, formação de profissionais na área de mobilidade urbana e segurança no trânsito pelo Centro Paula Souza. Também estão previstas obras em rodovias e uma campanha voltada para os motociclistas, grupo que lidera as estatísticas de acidentes de trânsito.
As ações do programa Respeito à Vida foram organizadas a partir de dados do Infosiga SP, sistema que publica mensalmente estatísticas sobre acidentes fatais de trânsito em todos os municípios do Estado de São Paulo.
Antagonismo
A apresentação das ações vem duas semanas depois do presidente Jair Bolsonaro ter enviado à Câmara dos Deputados um projeto de lei que flexibiliza regras do Código de Trânsito Brasileiro. O governo também retirou a obrigatoriedade do uso de simuladores nas autoescolas.
Questionado se as medidas iriam na contramão de Bolsonaro, o vice-governador e secretário de Governo de São Paulo, Rodrigo Garcia, negou e disse que concorda com as alterações do governo federal. “Acho que a prorrogação da habilitação é positiva, não há porque exigir essa renovação a cada cinco anos. Em relação ao simulador, como não está clara a eficácia dele também talvez seja uma exigência inútil”.
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