STF deve tornar Aécio Neves réu na terça-feira
Denunciado por corrupção passiva e obstrução de justiça, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) deve se tornar réu no Supremo Tribunal Federal nesta terça-feira (17) caso a 1ª Turma da Corte mantenha a tendência de acatar denúncias contra parlamentares na Lava Jato e operações correlatas.
A 1ª Turma é composta por Marco Aurélio Mello, relator da ação, além de Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux. Ao menos três votos devem ser contra Aécio.
O jornal O Globo lembra que dos últimos seis parlamentares denunciados na Turma em 14 meses, apenas um não se tornou réu: Rôney Nemer (PP-DF). Foram aceitas as acusações contra: Romero Jucá Filho (PMDB-RR), Agripino Maia (DEM-RN) e Wellington Fagundes (PR-MT), além dos deputados Adilton Sachetti (PRB-MT) e Luiz Nishimori (PR-PR).
Aécio é acusado e receber propina de R$ 2 milhões da JBS, dinheiro que ele foi gravado solicitando pelo empresário Joesley Batista. O tucano foi denunciado em junho do ano passado pelo então procurador-geral Rodrigo Janot, junto a sua irmã, Andrea Neves, seu primo, Frederico Pacheco, o “Fred”, e Mendherson Lima, ex-assessor do senador Zezé Perrela (MDB-MG). Fred e Mendherson teriam intermediado a propina e o primo de Aécio chegou a ser filmado recebendo uma mala de dinheiro.
O caso não caiu nas mãos do ministro relator da Lava Jato, Edson Fachin, pois não está relacionado diretamente a desvios na Petrobras. A turma de Fachin, 2ª Turma, é conhecida por ser mais benevolente com alvos políticos da Procuradoria.
Aécio responde a nove inquéritos no STF. Além deste, há cinco investigações a partir da delação da Odebrecht e duas oriundas da delação do ex-senador Delcídio do Amaral.
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