Supremo julga, nesta quarta-feira, nova denúncia contra Cunha

  • Por Agência Brasil
  • 22/06/2016 11h50
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DF - CUNHA/COLETIVA - POLÍTICA - O presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), durante entrevista coletiva à imprensa, no Hotel Nacional, em Brasília, nesta terça-feira, 21. Cunha disse também que esta "absolutamente convicto" de que não mentiu à CPI da Petrobras em 2015 quando disse que não possui contas não declaradas o exterior. A possível mentira foi justamente o que embasou o pedido de cassação do peemedebista, apresentado pelo PSOL e Rede no Conselho de Ética da Câmara. 21/06/2016 - Foto: RICARDO BOTELHO/BRAZIL PHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO RICARDO BOTELHO/ESTADÃO CONTEÚDO Eduardo Cunha fala à imprensa e nega fazer delação premiada

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar, nesta quarta-feira (22), nova denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por supostas contas atribuídas a ele na Suíça. A partir das 14h, os ministros vão decidir se abrem a segunda ação penal contra o parlamentar nas investigações da Lava Jato.

A denúncia foi apresentada, em março último, pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Em outubro do ano passado, o Ministério Público da Suíça enviou ao Brasil documentos que mostram a origem de cerca de R$ 9 milhões encontrados nas contas atribuídas ao político.

De acordo com os investigadores, os valores podem ser fruto do recebimento de propina em um contrato da Petrobras na compra de um campo de petróleo no Benin, na África ocidental, avaliado em mais de US$ 34 milhões.

A mulher do peemedebista, Claudia Cruz, também foi citada na ação, mas a parte da investigação que envolve os parentes do deputado foi enviada ao juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba. A denúncia contra Claudia foi recebida no passado dia 9 de junho.

Na terça-feira (21), Eduardo Cunha voltou a afirmar que está “absolutamente convicto” de que não mentiu à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras quando prestou esclarecimentos sobre denúncias de participação no esquema de saque da Petrobras.

No último dia 14, o Conselho de Ética da Câmara aprovou pedido de cassação do mandato do parlamentar por quebra de decoro, por ter sido acusado de ter mentido, em depoimento à CPI, sobre contas no exterior.

Cunha já responde a uma ação penal no Supremo, na qual é acusado de receber US$ 5 milhões de propina por um contrato de navios-sondas da estatal petrolífera. Na terceira e mais recente denúncia que chegou à Corte, o político é acusado de cobrar propina para liberar verbas do Fundo de Investimento e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS ) para construtoras nas obras do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro.

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