Suspeitos de mandar matar Marielle, irmãos Brazão são transferidos para penitenciárias federais distintas

O deputado federal Chiquinho Brazão foi enviado para unidade em Campo Grande, enquanto o irmão Domingos ficará em Porto Velho; estratégia é incentivar a colaboração

  • Por da Redação
  • 27/03/2024 11h50
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CLÁUDIO REIS/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO O avião da Polícia Federal transportando o deputado federal Chiquinho Brazão, o conselheiro Domingos Brazão, do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio Avião da Polícia Federal usado para transportar presos do caso Marielle no último domingo

O governo brasileiro deu início à transferência dos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão para penitenciárias federais distintas. Os dois estavam detidos em Brasília desde domingo e foram levados para unidades em Campo Grande e Porto Velho, respectivamente. A estratégia do Ministério da Justiça é incentivar a colaboração dos presos com as autoridades, abrindo assim novas frentes de investigação no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL). Sem contato entre si, os irmãos enfrentam o dilema de quem irá colaborar primeiro para receber benefícios penais. Aqueles que optarem pelo silêncio podem enfrentar punições mais severas.

A prisão dos irmãos Brazão foi baseada em informações da delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, que confessou ter sido o autor dos disparos que mataram Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes em março de 2018. Segundo Lessa, os irmãos Brazão foram os mandantes do crime, enquanto o delegado Rivaldo Barbosa, da Polícia Civil, foi apontado como o homem que dificultaria a investigação. A delação também revelou a motivação por trás do assassinato de Marielle Franco. Segundo Lessa, a vereadora foi morta por defender a ocupação de terrenos por pessoas de baixa renda, o que poderia prejudicar interesses de especulação imobiliária. Os mandantes do crime buscavam a regularização de um condomínio na zona oeste do Rio de Janeiro, desrespeitando critérios legais.

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Rivaldo Barbosa, delegado suspeito de envolvimento no caso, foi chefe da Polícia Civil durante as investigações do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. Ele teria dado aval para Domingos Brazão, apontado como mandante do crime, garantindo impunidade. Barbosa também foi responsável por encaminhar informações falsas à Delegacia de Homicídios da Capital, prejudicando as investigações, além de instruir os executores sobre o que fazer para não serem pegos.

Publicada por Felipe Cerqueira

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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