Tarcísio: Pandemia não será salvação de empresas inadimplentes

  • Por Jovem Pan
  • 05/05/2020 15h21 - Atualizado em 06/05/2020 07h57
Marcelo Camargo/Agência Brasil O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, participou de debate virtual promovido pelo TCU

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse nesta terça-feira (5) que a pandemia do novo coronavírus não será a “tábua de salvação” de empresas do setor que já estavam inadimplentes.

“Pandemia é uma situação de força maior, mas não será a tábua de salvação das empresas que já estavam em vias de perder a concessão por estarem extremamente inadimplentes, com problemas para executar os contratos. Vamos verificar, caso a caso, cada situação de reequilíbrio econômico e financeiro. Já temos o ferramental para fazer esse reequilíbrio e estávamos atentos às concessionárias que já estavam em situação de inadimplência, doentes antes mesmo da pandemia”, disse o ministro em debate virtual promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Tarcísio destacou a necessidade de diferentes setores do poder público atuarem de forma conjunta, criando um ambiente favorável para a retomada de negócios e investimentos. Segundo ele, há no mundo liquidez para investimentos. No entanto, acrescentou, esses recursos só terão como destino o Brasil caso o país seja rápido em restabelecer um ambiente seguro para investimentos.

“Vamos concorrer com projetos do mundo inteiro. Todos países estão fazendo esforços para captar investimentos. A liquidez está lá e temos de atuar para captar esses investimentos”, argumentou.

O ministro destacou a relevância do Plano Pró-Brasil para integrar e aprimorar ações estratégicas para recuperação e retomada do crescimento socioeconômico em resposta aos impactos da pandemia.”“Muito se falou desse plano, que ainda é mal compreendido. Ele nasceu do pacto pela infraestrutura, pensado lá atrás”, disse.

O ministro ressalta que o plano é um pacto pela infraestrutura. “Ele tem de engajar várias partes em uma grande coalizão, tendo como vertente o ambiente de negócio e a segurança jurídica, para trazer o investidor para cá. Esse plano tem de ser uma coisa de todos os poderes. Havendo esse engajamento, seremos bem-sucedidos.”

“Mas se faltar velocidade vamos perder essa guerra global, e a liquidez vai para outro lugar, que não nossos projetos. Temos de ser rápidos para restabelecer o ambiente”, complementou Tarcísio ao defender que o cronograma de concessões e projetos sejam mantidos, o que, segundo ele, só será possível por meio de um diálogo eficiente e parceiro abrangendo governo e órgãos de controle.

*Com Agência Brasil

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