Tasso Jereissati diz “não ver clima” para reforma da Previdência no governo atual

  • Por Estadão Conteúdo
  • 10/10/2017 15h04
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Marcelo Camargo/Agência Brasil Marcelo Camargo/Agência Brasil Senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) se mostrou favorável ao desembarque do PSDB do governo

O clima no Congresso Nacional não é favorável à aprovação de uma reforma da Previdência mais ampla, o que deve ficar a cargo do próximo governo, avaliou nesta terça-feira, 10, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e também presidente interino do partido. No auge da crise política, Jereissati foi uma das principais vozes da ala do PSDB que queria o desembarque da legenda da base do governo Michel Temer, embora parlamentares tucanos ressaltassem ser favoráveis à agenda de reformas.

“Ainda tem possibilidade de passar uma ‘coisa mínima’, mas não vejo clima. Reforma mesmo fica para o próximo governo”, disse Jereissati após audiência pública na CAE para ouvir o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn.

Durante a audiência, dois senadores, um deles da base aliada do governo, advertiram Ilan Goldfajn sobre a impossibilidade de levar a reforma da Previdência adiante uma vez que o calendário eleitoral está próximo. O adiamento das mudanças estruturais é um ponto dentro do “balanço de riscos” avaliado pelo BC para decidir o rumo dos juros no País.

Como mostrou na segunda-feira o Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), deputados governistas preparam uma nova ofensiva para tentar aprovar uma “versão enxuta” da reforma da Previdência ainda neste governo.

As votações seriam retomadas logo após a apreciação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara dos Deputados. Mas até mesmo alguns economistas têm se mostrado céticos em relação a esse poder de articulação do governo Temer.

Segundo Jereissati, ainda é possível que o governo consiga emplacar no Congresso a aprovação de uma idade mínima para aposentadoria no Brasil, mas o mais provável é que as mudanças mais profundas fiquem a cargo do próximo presidente da República.

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