Temer classifica denúncia da PGR como “ficção” e cobra provas concretas

  • Por Jovem Pan
  • 27/06/2017 16h10
Brasília- DF 16-06-2016 Presidente interino, Michel Temer, durante pronunciamento a imprensa. Foto Lula Marques/Agência PT Lula Marques/Agência PT Michel Temer - Agência PT

O presidente Michel Temer deu sua primeira declaração após a denúncia por corrupção passiva da Procuradoria Geral da República. O peemedebista chamou de ficção a acusação e cobrou provas concretas de que teria recebido dinheiro ilícito.

“Nesse momento que estamos colocando o país nos trilhos, é que somos vítimas dessa infâmia. Eu fui denunciado por corrupção passiva, sem jamais ter recebido valores. (…) Onde estão as provas concretas de recebimento desses valores? Não existem”, disse Temer.

O presidente disse ainda ser vítima de uma “ilação” e ironizou o fato afirmando que reiventaram o código penal incluindo o termo em uma nova categoria. “Tentaram imputar a mim um ato criminoso e não conseguiram porque não existe, jurídica ou politicamente”, disse.

Segundo Temer, sob o foco jurídico, sua preocupação é mínima e a declaração desta terça-feira (27) é por causa da função política que exerce.

O peemedebista ainda fez acusações ao ex-procurador da República, Marcelo Miller. Ele questionou o fato de Miller, homem da mais estrita confiança de Janot, segundo Temer, deixar um cargo que é bastante almejado para trabalhar na empresa que negociou o acordo de leniência da JBS.

“Esse senhor (Miller), que eu acabei de mencionar e lamento ter de fazê-lo, deixa o emprego, que como disse é um sonho de milhares acadêmicos, abandona o Ministério Público para trabalhar em empresa que faz delação premiada ao Procurador-Geral. (…) Foi trabalhar para essa empresa e ganhou, na verdade, milhões em poucos meses. O que talvez levaria décadas para poupar”, disse Temer.

“Garantiu ao seu novo patrão, o novo patrão não é mais o Procurador-Geral, é a empresa que o contratou. Um acordo benevolente, uma delação que tira o seu patrão (Joesley) das garras da justiça, que gera, meus senhores e minhas senhoras, uma impunidade nunca antes vista”, esbravejou o presidente.

Michel Temer disse ainda que não irá admitir ser acusado de crimes que jamais cometeu e não fugirá das batalhas e nem da guerra que tem pela frente. “A minha disposição não diminuirá com ataques irresponsáveis”, afirmou.

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