Temer classifica morte de ministro como “perda lamentável”
O presidente Michel Temer chegou ao velório do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki às 13h25, após ter pousado na base aérea de Canoas. A cerimônia ocorre na sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre. Temer viajou acompanhado do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, e do ministro das Relações Exteriores, José Serra.
“É uma perda lamentável para o país e, no particular, para a classe jurídica, e para o poder judiciário, e o ministro Teori, tenho dito com frequência, é um homem de bem. E o que o Brasil precisa é de homens com a têmpera, com exação, com a competência pessoal, moral e profissional do ministro Teori”, disse.
Temer afirmou ainda que a indicação de um novo nome para o tribunal só ocorrerá após a ministra Cármen Lúcia, presidente da corte determinar quem será o novo relator da Lava Jato no STF.
Velório
O velório do ministro Teori Zavascki foi iniciado neste sábado, por volta das 9h, no Tribunal Regional Federal, em Porto Alegre e é aberto apenas para familiares, amigos e autoridades. O corpo chegou ali depois das 8h30.
Acidente aéreo
O ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki morreu no acidente do avião que caiu nesta quinta-feira (19) nas proximidades de Paraty, no Rio de Janeiro. A aeronave partiu do Campo de Marte (SP) e ia para o Rio de Janeiro com quatro passageiros a bordo. A informação da morte do magistrado foi confirmada pelo filho dele pelo Facebook. Antes, o filho de Zavascki havia confirmado a presença do pai no voo e pediu para os amigos para “rezarem” pela sobrevivência do ministro.
Teori, que tinha 68 anos, era o ministro relator das ações da Operação Lava Jato no Supremo. Cabia a ele os próximos e decisivos passos da investigação que envolve alguns dos políticos mais emblemáticos do Brasil e que possuem foro privilegiado e, portanto, só podem ser julgados pela mais alta corte.
O ministro era responsável pela homologação das conhecidas “delações do fim do mundo”, colaborações de 77 executivos da construtora Odebrecht com a Justiça. A expectativa era que o ministro do STF começasse a decidir em fevereiro a oficialização ou não das delações que envolviam diversos políticos importantes dos núcleos do governo de Michel Temer e Dilma Rousseff. Enquanto estava em recesso, a equipe de juízes do ministro analisava o extenso material resultante de uma longa negociação que se estendeu por todo o ano de 2016.
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