Temer confirma que deixará articulação política do Governo, diz jornal
O vice-presidente Michel Temer afirmou nesta sexta-feira (21) que deixará a articulação política do Governo, mas que ainda não há data definida para tal. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, Cunha estaria disposto a deixar o cargo para se aproximar ainda mais dos partidos de oposição à presidente Dilma. O movimento seria uma espécie de alvará para que ele possa intensificar o diálogo com líderes do PSDB.
Temer afirmou, no entanto, que seguirá na articulação macropolítica, das grandes políticas de Estado. “Eu não posso ficar o tempo todo cuidando do cotidiano da política e de articulações específicas”, afirmou a interlocutores, segundo a coluna de Mônica Bergamo no jornal Folha de S. Paulo. “Meu papel nessa função foi exercido num período mais agudo da crise”, disse.
Segundo o Estadão, a senha para a movimentação de Temer foi a manifestação pública do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, na segunda-feira passada, quando defendeu a renúncia de Dilma.
Ainda sobre uma possível data de saída da articulação, Temer avalia que pode esperar para que seu “desembarque” não seja visto como mais um fator de instabilidade política, logo após a denúncia contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A amigos, segundo o Estado de S. Paulo, Temer afirmou que o trabalho tem “prazo de validade”.
De forma oficial, o argumento do vice-presidente é o de que havia se comprometido a realizar a articulação política do Planalto com o Congresso até a votação das medidas do ajuste fiscal e o projeto de reoneração da folha de pagamento das empresas, que foi votado na última quarta-feira (19).
Tido como “braço direito” de Temer na articulação, o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB), também pretende sair e se dedicar exclusivamente ao seu ministério.
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