Temer defende governo e diz que candidatos terão quer ser “criativos” na crítica

  • Por Estadão Conteúdo
  • 13/03/2018 19h47
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Beto Barata/PR Presidente Michel Temer declarou que sofreu "oposição brutal" de classes privilegiadas durante a discussão sobre a reforma da Previdência

Ao participar de uma cerimônia da Federação das Associações Comerciais de São Paulo, o presidente Michel Temer voltou a relacionar, em discurso, todas as medidas de seu governo e enfatizou que, por isso, os candidatos de oposição terão de “ser muito criativos” para criticá-lo durante a disputa eleitoral deste ano.

Ao defender a sua gestão, Temer citou a criação do teto dos gastos públicos, o controle da inflação e a queda dos juros. “O candidato de oposição terá que dizer que é contra o teto dos gatos, a inflação e o juro baixos”, afirmou o presidente, que repetiu ter tido uma “sorte extraordinária” com a sua equipe de ministros, pelo trabalho desempenhado.

“Juros caíram e não é improvável que continuem caindo”, afirmou. “Juros e inflação caíram porque nosso governo se preocupa com o social”, acrescentou. O presidente disse ainda que o Bolsa Família foi mantido no seu governo, mas que não se pode continuar falando do programa daqui a 20 anos. Citou ainda a reforma do Ensino Médio e a trabalhista.

Temer declarou que sofreu “oposição brutal” de classes privilegiadas durante a discussão sobre a reforma da Previdência. Para ele, há uma desigualdade no trato da Previdência e que é preciso mostrar a diferença das regras entre funcionários públicos e privados. O presidente afirmou que a reforma, embora tenha saído da pauta legislativa, não saiu da pauta política.

O presidente disse que a elite tentou atacá-lo, mas que não vai aceitar mais isso. “Vou reagir, porque os meus detratores estão presos”, afirmou Temer, sem citar os nomes dos executivos da JBS, que gravaram conversas com o presidente e motivaram a apresentação de duas denúncias contra ele.

Ao enumerar os feitos do seu governo, o emedebista lembrou também das obras de transposição do rio São Francisco, iniciadas durante a gestão petista. Ele reconheceu que as obras começaram há 15 anos, mas que a gestão dele foi responsável pelo aporte de R$ 1,3 bilhão nas obras.

Ao final do evento, Temer acompanhou ainda a assinatura da acordo de intenções entre a Apex e a empresa Siemens.

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