Temer diz que União não pediu reintegração de prédio que caiu “porque, afinal, gente pobre”
Em breve e conturbada passagem pelo Largo do Paissandu nesta terça-feira (1º), o presidente Michel Temer disse que a União não pediu a reintegração do prédio ocupado que pegou fogo e caiu nesta madrugada “porque, afinal, gente muito pobre”.
“O prédio era da União e nós lamentavelmente não pudemos naturalmente, me explicaram, pedir a reintegração porque, afinal, gente muito pobre, naturalmente, é uma situação um pouco difícil, né”, disse Temer.
“Mas agora serão tomadas providências para dar assistência não só àquelas famílias que perderam seus entes queridos, mas também àqueles que perderam sua habitação”, disse.
“A situação era uma situação dramática, tanto que aconteceu o que aconteceu. Mas nós vamos exatamente providenciar assistência àqueles que foram vítimas daquele desastre”, afirmou o presidente.
“Eu não poderia deixar de vir aqui, sem embargo dessas manifestações, porque, afinal, eu estava em São Paulo, e ficaria muito mal eu não comparecer aqui para dar apoio àqueles que perderam suas casas”, explicou o emedebista, que disse que informou a defesa civil municipal e estadual de que “colocou o governo federal inteiro para resolver esse assunto, para ajudar no que fosse possível”.
O presidente deixou o local sob fortes xingamentos, gritos de “golpista” e arremesso de objetos, inclusive um cone de contenção da CET:
Presidente Michel Temer comparece ao local do incêndio. A saída foi muito conturbada. pic.twitter.com/JSsd6z2Q43
— Jovem Pan News (@portaljovempan) May 1, 2018
O Palácio do Planalto também divulgou nota, dizendo que o presidente Michel Temer determinou ao ministro da Integração Nacional, Antonio de Pádua, “o empreendimento de todos os esforços para minimizar os danos causados por conta do incêndio e desabamento de prédio na madrugada desta terça-feira em São Paulo”.
Segundo a nota, o presidente esteve no local para comunicar que o governo federal está tomando providências.
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