Temer e outros políticos lamentam morte de Jarbas Passarinho

  • Por Estadão Conteúdo
  • 05/06/2016 14h39
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Senador Jarbas Gonçalves Passarinho nasceu no dia 11/01/1920 em Xapuri (AC). Em 15 de junho de 1964 foi empossado governador do Pará em lugar do deposto Aurélio do Carmo cuja presença à frente do executivo foi dispensada pelo novo regime. Jarbas Passarinho filiou-se à ARENA e após deixar o governo foi eleito senador em 1966, mas em seguida foi nomeado ministro do Trabalho e Previdência Social no governo Costa e Silva sendo mantido no cargo pela Junta Militar de 1969 que assumiu o poder após o afastamento do presidente da República até que o presidente Emílio Garrastazu Médici o nomeou ministro da Educação. Reeleito senador em 1974 foi um dos poucos arenistas a vencer no pleito daquele ano e com o passar dos anos foi um dos fundadores do PDS e presidiu o Senado Federal (1981-1983) durante o governo João Figueiredo. Sua liderança foi posta à prova a partir do cisma entre ele e Alacid Nunes, outrora seu maior aliado. Progressivamente afastados cada um usou de influência para controlar o PDS local e como Passarinho dispunha do apoio de Brasília os alacidistas apoiaram e elegeram o deputado federal Jader Barbalho governador do Pará em 1982, mesmo ele sendo filiado ao PMDB. No mesmo ano Passarinho foi derrotado por Hélio Gueiros na disputa pelo Senado. Um ano depois foi nomeado ministro da Previdência Social pelo presidente João Figueiredo. Por ocasião das eleições de 1986 aceitou uma coligação com o PMDB de Jader Barbalho e nisso Hélio Gueiros foi eleito governador com Almir Gabriel e Jarbas Passarinho eleitos senadores, porém o acerto não o demoveu de fazer oposição ao governo José Sarney. Eleito presidente do diretório nacional do PDS, renunciou pouco antes das eleição presidencial de 1989. Ministro da Justiça no governo Fernando Collor, deixou o cargo antes das investigações que resultariam no impeachment presidencial. Seu papel de maior relevo foi o de presidente da CPI do Orçamento, todavia esse fato não impediu sua derro Agência Senado Jarbas Passarinho - ASenado

O presidente em exercício Michel Temer lamentou a morte do ex-ministro Jarbas Passarinho, aos 96 anos. “Quero expressar meus sentidos pêsames pela perda desse grande brasileiro”, disse em sua conta no Twitter.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, também se manifestou pelas redes sociais. “Morre Jarbas Passarinho, brilhante homem público deste País. Independentemente de concordarmos ou não com suas posições, é uma grande perda”, disse.

Passarinho morreu na manhã deste domingo, dia 5, em Brasília. Segundo nota divulgada pelo governo do Pará, ele enfrentava problemas de saúde devido à idade avançada. O enterro está marcado para as 16h, no Campo da Esperança, na capital federal.

Nascido em Xapuri, no Acre, Jarbas Passarinho iniciou sua trajetória política no Pará, Estado que governou entre os anos de 1964 a 1966. Ele também foi senador por três mandatos e atuou como ministro nos governos militares e do ex-presidente Fernando Collor de Mello.

Ele fez carreira no Exército e participou da articulação do Golpe de 1964. O político ficou famoso por uma frase proferida durante a reunião que chancelou o Ato Institucional 5, que deu amplo poder aos militares e endureceu o regime a partir de 1968. “Às favas, senhor presidente, neste momento, todos os escrúpulos de consciência”, disse na época.

Outros políticos também lamentaram a morte do ex-governador. Em nota, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse que gostaria de “assinalar a contribuição relevante prestada por ele ao País”.

O presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia (RN), lembrou que foi colega de Jarbas Passarinho no Senado. “Talentoso, foi uma das melhores expressões políticas de sua época. Distante da atividade já há algum tempo, se vai deixando o respeito do País ao grande homem público que a história, por dever de justiça, haverá de registrar”, afirmou também em nota.

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