Temer diz que morte de vereadora é “atentado à democracia” e pede PF no caso

  • Por Jovem Pan
  • 15/03/2018 09h09 - Atualizado em 15/03/2018 12h13
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EFE/Joédson Alves Temer lamentou a “extrema covardia” contra vereadora assassinada e garantiu que "esse crime não ficará impune"

O presidente Michel Temer lamentou na manhã desta quinta-feira (15) o assassinato da vereadora do PSOL no Rio de Janeiro, Marielle Franco, baleada em aparente execução na noite desta quarta (14). “Lamento esse ato de extrema covardia contra a vereadora Marielle Franco”, escreveu o presidente em sua rede social. “Solidarizo-me com familiares e amigos, e acompanho a apuração dos fatos para a punição dos autores desse crime”.

Temer também informou que pediu para colocar a Polícia Federal à disposição para auxiliar na investigação do crime ao lado do interventor federal no Rio, general Walter Braga Neto. “Pedi ao ministro (ministro da Segurança Pública) Raul Jungmann para colocar a Polícia Federal à disposição para auxiliar o interventor do estado do Rio de Janeiro, general Walter Braga Neto, na investigação”, declarou Temer. “Esse crime não ficará impune”, garantiu o presidente.

Em vídeo postado ainda nesta manhã, o presidente disse que o assassinato de Marielle é “um verdadeiro atentado ao estado de direito e um atentado à democracia”, destacando que ela era uma representante popular.

Temer aproveitou para defender a necessidade da intervenção federal na segurança do Rio, projeto que era criticado pela ex-vereadora.

“(Marielle) fazia manifestações, trabalhos com vistas a preservar a paz e a tranquilidade na cidade do Rio de Janeiro. Por isso, aliás, nós decretamos a intervenção, para acabar com esse banditismo desenfreado que se instalou naquela cidade por força das organizações criminosas”, declarou Temer.

“Estamos no Rio de Janeiro para restabelecer a paz, restabelecer a tranquilidade”, disse Temer, informando que o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, deve ir ainda nesta quinta à capital fluminense para acompanhar o caso. “Não destruirão o nosso futuro; nós destruiremos o banditismo antes”, afirmou o presidente.

Vereadora criticava Temer

Defensora dos direitos humanos e crítica do governo Temer, Marielle Franco era socióloga e vereadora no Rio de Janeiro. Ela acusava frequentemente a violência da Polícia Militar na capital fluminense, criticava a intervenção federal no Estado e compunha um observatório sobre a ação da União no Rio por meio do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania.

Marielle foi baleada dentro de seu carro ao lado do motorista em ato de aparente execução.

O ministro Jungmann passou a madrugada em contato com o interventor general Braga Netto e vai ao RJ para comandar in loco as investigações, já havia informado em primeira mão a colunista Jovem Pan Vera Magalhães nesta manhã.

O presidente Michel Temer convocou na manhã desta quinta-feira uma reunião para discutir a questão da segurança no Rio.

O encontro, que ocorreu às 9h45, foi incluído na agenda presidencial de última hora, pois não estava previsto na agenda divulgada na quarta. Participam da reunião, no Palácio do Planalto, Eliseu Padilha, ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República; Moreira Franco, ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República; Sérgio Etchegoyen, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República; e o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, secretário executivo do ministério extraordinário da Segurança Pública.

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