Temer: não temos que dar atenção aos protestos, mas ao País

  • Por Jovem Pan
  • 24/05/2016 11h34
BRA01. BRASILIA (BRASIL), 24/05/2014.- El presidente interino de Brasil, Michel Temer, declaró hoy, martes 24 de mayo de 2016, que si está en el poder es "consecuencia de la constitución", al iniciar una reunión con sus ministros y un grupo de parlamentarios en el Palacio de Planalto (Brasilia). "Quiero refutar a quienes todo el tiempo dicen que en Brasil hubo una ruptura constitucional, porque eso no es cierto, porque yo soy producto de la Constitución", afirmó Temer. EFE/FERNANDO BIZERRA JR EFE/Fernando Bizerra Jr Michel Temer durante anúncio de medidas econômicas - EFE

Durante o anúncio de medidas econômicas a líderes da base aliada, o presidente em exercício Michel Temer falou sobre os protestos de rua e as pressões que sofre seu governo. “Estamos há 12 dias no governo e às vezes abro jornais e revistas e parece que estamos há dois anos ou mais”, ironizou, sobre as críticas que tem recebido.

O interino afirmou que seu governo é “vítima de agressões psicológicas”. Mas garantiu que “não tem a maior preocupação” com as manifestações contrárias. “Não temos que dar atenção a isso (aos protestos). Temos que dar atenção ao país”, afirmou Temer. “Aqueles que querem esbravejar, façam-no o quanto quiser, mas dentros das vias legais”, disse.

O presidente disse que, se os propostos forem dentro das normas, “até aplaude”. Temer citou os protestos de junho de 2013. Na interpretação do presidente, os atos perderam a validade quando os black-blocs (grupo anarquista) tomaram conta das manifestações. “Quando há uma agressão que sai dos limites da lei, o movimento democrático perdem significado”, afirmou Temer.

“Ruptura”

Michel Temer também voltou a reconhecer sua interinidade no cargo. Um pouco depois, porém, Temer, que pode ficar até seis meses no cargo enquanto o impeachment de Dilma não for julgado no Senado, disse que deseja entregar um País pacificado em 2018, data da próximas eleição presidencial.

Temer destacou “o fato de compreender a nossa interinidade”. E emendou: “sou muito respeitoso para entender esse fato. mas a interinidade não quer dizer que o País tem que parar”.

O presidente interino rejeitou a ideia de que houve golpe, apesar de não mencionar o termo. “Quero refutar aqueles que a todo instante pretendem dizer que houve um rompimento da Constituição”, declarou Temer, elogiando as “instituições”. “Isso (de que houve ruptura) é de quem não lê a Constituição. Nossas instituições estão funcionando. Se houvesse ruptura, não funcionaria”, disse.

“Vamos levar tempo (para tirar o país da crise)”, reconheceu Temer. O presidente afirmou que considerará a sua missão cumprida se conseguir entregar, em 2018, um País com eleições tranquilas. Por isso, insistiu na tese da necessidade de “pacificação nacional”. “Precisamos pacificar o Pais. Não podemos ficar nessa situação”, afirmou.

Temer disse que não se pode permitir a “guerra”, “luta quase física” entre os brasileiros. “Isso é inadmissível”, afirmou.

Com informações complementares de Estadão Conteúdo

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