Temer nega possibilidade de tabelamento de preços

  • Por Agência Brasil
  • 07/06/2018 19h27
Antonio Cruz/Agência Brasil Presidente afirmou que o governo trabalha agora para que o desconto de R$ 0,46 sobre o litro do diesel chegue às bombas

Em entrevista à Tv Brasil nesta quinta-feira (7), o presidente Michel Temer negou qualquer possibilidade de tabelamento de preços na economia brasileira, seja de combustíveis ou outros produtos e serviços. “De jeito maneira [faremos tabelamento de preços]”, respondeu.

Com o fim da paralisação dos caminhoneiros, Temer afirmou que o governo trabalha agora para que o desconto de R$ 0,46 sobre o litro do diesel chegue às bombas. O presidente disse que os próprios caminhoneiros já estão fiscalizando a aplicação do desconto pelos postos.

O presidente classificou como “dramática” a paralisação dos caminhoneiros – que provocou desabastecimento de combustível, alimentos e medicamentos em quase todo o país. Ele observou que “os rescaldos” da greve ainda estão sendo sentidos pela população, e destacou que em nenhum momento houve violência por parte das forças de segurança do governo.

Temer rebateu ainda o que os críticos chamaram de “fragilidade” de seu governo na negociação. Segundo ele, essa “fragilidade” é, na verdade, a opção pelo diálogo. “Vou repetir que o Brasil precisa aprender a conviver com o diálogo e a democracia. E eu não saio desse padrão”, afirmou. “Fomos até onde deu na greve, mas mantendo o ajuste fiscal”, completou.

Casa Civil e Transportes estudam adaptar tabela de frete

Temer anunciou ainda que ministérios estão estudando “uma adaptação à tabela dos preços mínimos do frete” para que os caminhoneiros tenham condições de trabalho, sem que a economia seja abalada.

Ele garantiu que o acordo feito com os caminhoneiros não será desconsiderado. O presidente lembrou que a tabela da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) já existia, mas não estava sendo colocada em prática porque havia uma oferta grande de fretes, graças ao número de caminhões disponíveis, após a retração da economia. “Mas isso não foi no meu governo”, destacou.

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