Temer promete apressar auditorias em frigoríficos citados na Carne Fraca

  • Por Jovem Pan com Estadão Conteúdo
  • 19/03/2017 18h35
DF - TEMER/CARNE FRACA - POLÍTICA - O presidente da república, Michel Temer durante reunião com os ministros da agricultura, Blairo Maggi, e da Indústria e Comércio Exterior, Marcos Pereira em encontro com os representantes de entidades frigoríficas, no Palácio do Planalto, sede do governo em Brasília, neste domingo, 19. 19/03/2017 - Foto: ANDRÉ DUSEK/ESTADÃO CONTEÚDO ANDRÉ DUSEK/ESTADÃO CONTEÚDO Michel Temer tranquilizou os consumidores e disse que vai fiscalizar os envolvidos na Operação Carne Fraca

Durante a reunião realizada neste domingo com embaixadores e representantes de países consumidores da carne brasileira, Michel Temer anunciou que vai acelerar o processo de auditoria nos 21 frigoríficos envolvidos na Operação Carne Fraca. O presidente disse também que tem confiança na qualidade da produção nacional e que as plantas exportadoras estão abertas para inspeção dos importadores e ao acompanhamento das atividades de controle.

“O governo federal quer reiterar a confiança na qualidade da produção nacional”, declarou Temer. “O Ministério da Agricultura tem rigoroso serviço de inspeção. Esse padrão de excelência abriu as portas para mais de 150 países.”

O presidente citou ainda números da produção para tentar assegurar a qualidade dos produtos. “Ao longo dos últimos anos não foram identificadas objeções. Em 2016 foram expedidas 853 mil partidas de produtos de origem animais e apenas 184 foram consideradas fora da conformidade”, disse, antes da reunião. De acordo com ele, em boa parte dos casos, as irregularidades estavam ligadas a problemas de rotulagem.

“A reunião de hoje é para prestar esclarecimentos. A notícia pode ter gerado uma preocupação muito grande, especialmente de países que importam a carne como consumidores brasileiros”, afirmou o presidente. Temer observou ainda que, das 4.837 unidades sujeitas à inspeção federal, apenas 21 estão supostamente envolvidas em irregularidades. “E dessas 21, seis exportaram nos últimos 60 dias”, disse.

De acordo com Temer, o Ministério da Agricultura deverá informar a empresa exportadora do lote e o destino. Segundo ele, o objeto da operação não é o sistema de defesa agropecuária brasileira, cujo rigor é conhecido, mas o desvio de condutas. Todas as plantas exportadoras permanecem abertas para inspeções dos países importadores e ao acompanhamento das atividades de controle.

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