Temer vai a Janot contra Joesley por “ladrão-geral da República”

  • Por Estadão Conteúdo
  • 04/09/2017 15h26
BRA01. RÍO DE JANEIRO (BRASIL), 19/05/2017.- Fotografía sin fechar, cedida por Campo Grande News hoy, viernes 19 de mayo de 2017, muestra a uno de los dueños de la empresa JBS Joesley Batista (i) junto al presidente de Brasil, Michel Temer (d), en Río de Janeiro (Brasil). Directivos del grupo JBS que colaboran con la justicia confesaron que pagaron sobornos por 80 millones de dólares al expresidente brasileño Luiz Inácio Lula da Silva y a su sucesora Dilma Rousseff, según documentos divulgados hoy, viernes 19 de mayo de 2017, por la Corte Suprema. En los documentos revelados por la corte, uno de los dueños de JBS, Batista, y el exdirector de Relaciones Institucionales del grupo Ricardo Saud, sostienen que los sobornos pactados con el ministro de Hacienda de Lula y Rousseff, Guido Mantega, desde 2005, alcanzaron la suma de 80 millones de dólares, depositados en diversas cuentas bancarias abiertas en el exterior. EFE/João Quesada/CAMPO GRANDE NEWS/SOLO USO EDITORIAL/NO VENTAS/MÁXIMA CALIDAD DISPONIBLE EFE/João Quesada/CAMPO GRANDE Empresário Joesley Batista retrucou o presidente Michel Temer, e disse que ele envergonha os brasileiros

O presidente Michel Temer decidiu apelar ao procurador-geral da República Rodrigo Janot contra Joesley Batista, por quem alega ter sido ofendido.Depois que o Palácio do Planalto emitiu nota na sexta-feira, 1, dizendo que o dono da JBS é “grampeador-geral da República”, o empresário também divulgou texto em que chamou Temer de “ladrão-geral da República” e, ainda, que o presidente “envergonha” todos os brasileiros.

“Estou indignado”, declarou nesta segunda-feira, 4, o criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, defensor do presidente. “Vamos tomar providências imediatamente, primeiro junto ao procurador-geral que não pode permitir que um homem subjudice saia ofendendo não só a pessoa física do presidente como a própria instituição da República. É mais um acinte à Justiça.”

“Esse homem (Joesley) já recebeu vergonhosos benefícios e está agora tendo garantias para falar o que quer, de quem quer, a hora que quer. Também vamos peticionar ao ministro Edson Fachin (relator do caso JBS no Supremo Tribunal Federal), que homologou a delação, para que tome medidas.”

Temer está em viagem oficial à China. O advogado disse que aguarda apenas a chegada do presidente, prevista para quarta, 6, para protocolar ofício no gabinete de Janot. “O procurador-geral não pode permitir, tem que tomar providências contra um delator que extrapola completamente os limites da sua ação como colaborador de Justiça e parte para ofensas pessoais contra o presidente.”

“Eu entendo que o procurador tem que tomar providências de ofício para punir (Joesley) e proibir qualquer manifestação dele a respeito de terceiros. A menos que o colaborador esteja falando nos autos. Mesmo nos autos ele não pode fazer ofensas. Tem que exercer o seu papel de informante, o qual ele está extrapolando atingindo o presidente da República.”

Na avaliação de Mariz, “o grau de impunidade do empresário não pode ser aumentado, não pode atingir níveis maiores que os já alcançados”.

“Trata-se de colaborador que se tornou verdadeiro agraciado por uma indulgência plena, impunidade nunca vista na história da República e que agora se sente absolutamente confortável para ofender o presidente da República.”

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