Temer visita prédio após desabamento e é xingado; assista

  • Por Jovem Pan
  • 01/05/2018 10h31 - Atualizado em 01/05/2018 11h34
Tiago Muniz/Jovem Pan O governo não pediu a reintegração do prédio "porque, afinal, gente muito pobre", disse Temer

O presidente Michel Temer (MDB) visitou as redondezas do Largo do Paissandu, no centro de São Paulo, onde um prédio em chamas desabou na madrugada desta terça (1º), deu rápido pronunciamento e deixou o local hostilizado por populares.

Temer confirmou que o edifício, que estava ocupado por movimentos populares, pertencia à União, mas o governo federal não pediu a reintegração de posse “porque, afinal, gente muito pobre, naturalmente é uma situação um pouco difícil”. Segundo o presidente, ele foi ao local “para dar apoio àqueles que perderam suas casas”.

Uma confusão entre jornalistas, seguranças do presidente, policiais e populares se formou quando Temer chegou, por volta das 10h, e se intensificou quando o emedebista deixou o local.

Michel Temer foi xingado e deixou o centro paulistano aos gritos de “vai embora”. Um tambor laranja de contenção da CET e outros objetos foram arremessados em direção ao carro que levava o presidente.

Veja o momento da saída conturbada de Temer registrado pelos repórteres Jovem Pan no local:

“Ficaria muito mal eu não comparecer”

No rápido pronunciamento aos jornalistas, Temer confirmou que o prédio pertencia ao governo federal. O edifício chegou a ser sede da Polícia Federal e estava ocupado por movimentos populares. Ao menos uma pessoa morreu no incidente.

“O prédio era da União e nós não pudemos pedir a reintegração porque, afinal, gente muito pobre, naturalmente é uma situação um pouco difícil”, descreveu Temer. “Mas agora serão tomadas providências para dar assistência”, disse.

“A situação era uma situação dramática, tanto que aconteceu o que aconteceu. Nós vamos exatamente providenciar assistência àqueles que foram vítimas daquele desastre”, afirmou o presidente.

“Eu não poderia deixar de vir aqui, sem embargo dessas manifestações, porque, afinal, eu estava em São Paulo, e ficaria muito mal eu não comparecer aqui para dar apoio àqueles que perderam suas casas”, explicou o emedebista.

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