Temporal alaga São Paulo e causa congestionamento recorde; em três horas, choveu o previsto para 10 dias

Cidade registrou 431 km de lentidão; carros ficaram submersos e Bombeiros atenderam mais de 25 chamados para quedas de árvores

  • Por Jovem Pan
  • 07/02/2023 19h12 - Atualizado em 07/02/2023 22h19
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TABA BENEDICTO/ESTADÃO CONTEÚDO São Paulo Vista de ponto de alagamento na Avenida Rio Branco, na região central de São Paulo, durante o temporal que atingiu a cidade em fevereiro

A cidade de São Paulo enfrentou fortes chuvas nesta terça-feira, 7, e os impactos o trânsito logo foram sentidos pelos paulistanos. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas, a capital paulista registrou 117 pontos de alagamento durante o dia, em todas as regiões da cidade. Consequentemente, diversas vias ficaram intransitáveis e provocaram um engarrafamento de 431 quilômetros, recorde anual. Por volta das 21h, 15 trechos intransitáveis e outros seis transitáveis ainda estavam ativos. Devido ao transtorno, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) liberou os veículos do rodízio. “A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria de Mobilidade e Trânsito e da Companhia de Engenharia de Tráfego, informa que o rodízio municipal de veículos está suspenso para o período da tarde desta terça-feira em razão da chuva que atingiu a cidade”, informou a CET no fim da tarde.

Não foram apenas os motoristas e passageiros de ônibus que sofreram na volta para casa. A chuva derrubou árvores, alagou trilhos e prejudicou o funcionamento dos trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e do Metrô. Em um intervalo de três horas, choveu o esperado para 10 dias. Segundo o Corpo de Bombeiros, foram realizados 26 chamados para quedas de árvores e 133 para enchentes. No final da tarde, as linhas 4, 7 e 9 da CPTM operavam com velocidade reduzida e maior tempo de parada nas estações, o que gerou superlotação em alguns terminais. Por volta das 19h40, a circulação de trens Linha 7 – Rubi, da CPTM, foi normalizada. A linhas 4 e 9 do Metrô, por outro lado, continuavam na mesma situação, segundo a atualização mais recente colhida pela reportagem. As duas linhas operavam em mão única. Na Linha 4, entre as estações Vila Sônia e São Paulo-Morumbi. Os ônibus do Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência (PAESE) foi acionado e encerrado por volta das 20h44. No entanto, os trens continuavam circulando em mão única no trecho, operando dentro da normalidade até a Estação Luz. Na linha 9, os trens também circulavam em uma das vias entre as estações, Jurubatuba e Autódromo, por conta da queda de uma árvore. Usuários dos trens filmaram goteiras nos vagões. Na linha 8, uma composição parou e os passageiros foram obrigados a descer. “O trem foi evacuado entre estações Imperatriz Leopoldina e Presidente Altino da linha 8-Diamante. Após uma hora, começaram a abrir as portas pela alavanca de emergência. O ar condicionado não funcionava e o calor era horrível”, relatou um passageiro.

Em Itaquera, região da Zona Leste da capital, um transbordamento do Rio Verde, na Rua Cunha Porã, esteve em estado de alerta máximo às 14h. O grande volume da enxurrada deixou carros submersos no local, que melhorou por volta das 16h55. Regiões como Butantã, Lapa e Vila Prudente tiveram de um a três pontos intransitáveis, ou seja, onde os carros não conseguiam se movimentar pelas ruas da capital. Os bairros mais afetados foram São Miguel, Carrão, Cidade Ademar, Belém e Ipiranga. Até o momento, duas pessoas estão desaparecidas em decorrência das enxurradas, na Zona Leste e em Osasco. Por volta das 21h, a Zona Oeste da capital registrava 14 km de lentidão, segundo a CET. Na Zona Sul, o índice era de 13 km. A Zona Norte indicava 7 km de lentidão, enquanto na Leste o índice era de 3 km. No Centro, a CET indicava 2 km de lentidão.

 

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