Sobe para dez o número de mortos após tempestade no Rio de Janeiro

  • Por Jovem Pan
  • 09/04/2019 08h08 - Atualizado em 09/04/2019 18h29
Divulgação Ao menos três pessoas morreram no Rio de Janeiro depois da tempestade que atingiu na noite desta segunda-feira (8) A prefeitura recomenda que as pessoas se desloquem pela cidade apenas em "casos de extrema necessidade"

Subiu para dez o número de mortos em decorrência do temporal que atingiu o Rio de Janeiro nesta terça-feira. A cidade está em estado de crise há 15 horas, desde que foi decretado, às 20h55 de ontem.

Segundo o Centro de Operações da prefeitura, até às 11 horas desta terça-feira (9), havia o registro de catorze bolsões de água em andamento e treze quedas de árvores e galhos.

A prefeitura recomenda que as pessoas se desloquem pela cidade apenas em “casos de extrema necessidade” e que, em pontos de alagamento, se evite o contato direto com postes ou equipamentos que possam estar energizados, assim como, se possível, o contato direto com a água, que pode oferecer riscos à saúde.

“Verifique se há sinais de rachaduras em sua residência. Ao perceber trincas ou abalo na estrutura, acione a Defesa Civil Municipal pelo número 199 e evite ficar em casa”, recomendou a prefeitura por meio de nota. “Moradores de áreas de risco precisam ficar atentos aos alertas sonoros. O acionamento das sirenes indica perigo de deslizamento. As pessoas devem se deslocar para os pontos de apoio estabelecidos pela Defesa Civil Municipal. Os locais são informados pelo número 199.”

Estão interditadas totalmente:

  • Av. Niemeyer, em ambos os sentidos;
  • Alto da Boa Vista, em ambos os sentidos;
  • Av. Epitácio Pessoa, próximo do Parque dos Pedalinhos, sentido Rebouças;
  • Rua Jardim Botânico, nos dois sentidos, entre o Rebouças e a Praça Santos Dumont

Estão interditadas parcialmente:

  • Túnel Rebouças: sentido Centro fechado e faixa reversível implantada no sentido Lagoa;
  • Mergulhão Billy Blanco (galeria Y);
  • Av. Borges de Medeiros, altura da R. Lineu de Paula Machado e da R. Mário Ribeiro;
  • Rua Jardim Botânico, altura do Jardim Botânico;
  • Av. Armando Lombardi, altura do Barra Point e do Mergulhinho.
  • Av. Brasil, altura da Linha Vermelha, no Caju
  • R. Silveira Martins, altura da R. do Catete
  • Rua Humaitá, sentido Botafogo
  • Av. Embaixador Abelardo Bueno, altura da Av. Ayrton Senna;
  • Estr. do Itanhangá, Alt. Muzema

De acordo com dados do Alerta Rio, o sistema de monitoramento meteorológico da prefeitura do Rio, o volume de chuva acumulado em apenas quatro horas na noite dessa segunda foi até 70% maior do que o esperado para todo o mês de abril em alguns pontos dessas regiões.

Suspensão das aulas

Na manhã desta terça-feira (9), o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, disse que mais de 5 mil homens estão trabalhando para tentar minimizar os problemas trazidos pela forte chuva. Segundo ele, foi decretado feriado nas escolas.

“Pedimos para que ninguém que não precisa saia nas ruas. As chuvas que caíram são anormais, nenhum de nós esperava um volume desses”, afirmou Crivella em coletiva no Centro de Operações do Rio (COR). Crivella informou ainda que as regiões mais afetadas foram as zonas sul e oeste e que os deslizamentos graves só foram observados no morro da Babilônia, no Leme (zona sul).

Segundo ele, 785 pontos da cidade estão sem luz e algumas das principais vias da cidade foram fechadas por segurança, como a Grajaú-Jacarepaguá e o Alto da Boa Vista, que ligam a zona norte à zona oeste. “Foi uma coisa trágica ontem”, reconheceu o prefeito.

Ciclovia Tim Maia

Mais um trecho da Ciclovia Tim Maia, na Avenida Niemeyer, desabou no temporal. A parte que caiu, deste vez, fica próxima ao bairro de São Conrado.

O desabamento ocorreu por volta das 22h, quando a via já estava fechada. Foi o quarto incidente desse tipo desde a inauguração da ciclovia, em janeiro de 2016. Um deles foi causado por ondas, durante uma ressaca, e três por temporais.

*Com informações da Agência Brasil

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