TJ-SP confirma absolvição de Vaccari, Léo Pinheiro e mais 10 no caso Bancoop
Neste caso, a Promotoria chegou a acusar e a pedir a prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da SIlva, atribuindo a ele a propriedade de um triplex do Solaris. Esta parte da acusação, porém, foi remetida para Curitiba, base da Operação Lava Jato. O petista não era acusado nesta ação julgada nesta quinta no TJ paulista.
Vaccari, Léo Pinheiro e os outros réus – executivos da empreiteira e ex-dirigentes da Bancoop – haviam sido absolvidos sumariamente em abril de 2017 pela juíza Maria Priscilla Ernandes Veiga Oliveira, da 4ª Vara Criminal de São Paulo. Ela inocentou sumariamente todos os denunciados pelo Ministério Público.
Contra a sentença de Maria Priscilla, o Ministério Público Estadual apelou ao TJ-SP.
Os desembargadores da 10ª Câmara Criminal confirmaram a decisão de primeira instância, que rechaçou a acusação contra os denunciados de lesão a cooperados à espera da casa própria construída pela Bancoop e de transferência ilegal de imóveis para a OAS.
Além de Vaccari, que presidiu a Bancoop, e Léo Pinheiro – ambos condenados na Operação Lava Jato -, foram absolvidos a advogada Letícia Achur Antonio, Ivone Maria da Silva, Carlos Frederico Guerra Andrade, Fabio Hori Yonamine, Vitor Lvindo Pedreira, Roberto Moreira Ferreira, Luigi Petti, Telmo Tonolli, Ana Maria Érnica e Vagner de Castro.
A decisão no TJ-SP foi unânime, tomada a partir do voto do relator Nuevo Campos.
“Justiça”
O criminalista Luiz Flávio Borges D’Urso, que defende o ex-presidente da Bancoop e ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, disse que o tribunal “fez justiça à luz dos elementos constantes dos autos”. “O sr. Vaccari é inocente”, afirma D’Urso
“Durante o processo ficou demonstrado que o sr. Vaccari, à frente da Bancoop, saneou a cooperativa e viabilizou a entrega dos apartamentos aos cooperados, inclusive por meio de acordos com o Ministério Público, homologados pelo Judiciário”, destaca o criminalista
Segundo D’Urso, “apesar da apelação contra a absolvição do sr. Vaccari, o Ministério Público paulista nada conseguiu provar contra ele, sustentando a acusação e seu recurso, somente em ilações, suposições e alegações vazias”.
“O Tribunal de Justiça de São Paulo bem decidiu este processo, ao rejeitar este recurso, confirmando a absolvição do sr. Vaccari. A defesa e o sr. Vaccari permanecem confiantes na justiça brasileira”, finaliza o advogado.
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