Toffoli pede a Guedes, Dodge e Receita ‘providências cabíveis’ sobre apuração contra Gilmar Mendes
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, pediu a adoção de “providências cabíveis” sobre investigação contra outro ministro da Corte, Gilmar Mendes, aos titulares do Ministério da Economia (Paulo Guedes), da Procuradoria-Geral da República (Raquel Dodge) e da secretaria da Receita Federal (Marcos Cintra).
Nesta sexta-feira (8), foram revelados documentos que indicam que auditores fiscais da Receita estão investigando Gilmar Mendes e familiares por possíveis fraudes de corrupção, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio ou tráfico de influência. O próprio Gilmar havia pedido que Toffoli tomasse “providências urgentes” em relação ao tema.
O pedido foi levado adiante pelo presidente do STF. “Solicito que sejam adotadas as providências cabíveis quanto aos fatos narrados pelo ministro Gilmar Mendes, conforme cópia do ofício em anexo, consistentes na prática de atos ilícitos e respectivos responsáveis, os quais merecem a devida apuração”, escreveu em ofício assinado quinta (7).
Gilmar afirma que não há nenhum fato concreto nos documentos publicados pela revista Veja. O ministro também chama de “indevida” a divulgação dos materiais, sobre cujo teor não teria sido informado. Para ele, esse procedimento da Receita Federal é uma “estratégia deliberada de ataque reputacional a alvos predeterminados”.
O documento da Receita afirma que o “tráfico de influência normalmente se dá pelo julgamento de ações advocatícias de escritórios ligados ao contribuinte ou parentes, onde o próprio magistrado ou um de seus pares facilita o julgamento”. Mendes afirma que o trecho traz, “genericamente”, “ilações desprovidas de qualquer substrato fático”.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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