Transição rápida é necessária para que país não afunde mais, diz cientista político

  • Por Jovem Pan
  • 17/05/2017 21h22
EFE Michel Temer EFE

Repercutindo a informação de que o empresário Joesley Batista, da JBS, gravou o presidente Michel Temer autorizando a “compra de silêncio” do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a Jovem Pan conversou com o cientista político Leonardo Barreto. Para ele, diferente do que vem acontecendo em operações como a Lava Jato, a denúncia apresentada nesta quarta-feira (17) parece ter provas mais concretas.

“A questão não é saber se o presidente vai ficar ou não, ou quem será o próximo, mas sim quais as medidas que serão tomadas. Ele não vai ter condição alguma de permanecer no cargo. Ele pode até lutar, estender o processo de impeachment, mas nenhuma de suas medidas econômicas, de suas propostas vão avançar. Agora é momento de buscar gerenciar a crise, buscar um nome para fazer a transição”, disse.

Segundo o cientista político, a situação de Michel Temer é totalmente diferente de Dilma Rousseff, pois o peemedebista não tem apoio parlamentar e sua popularidade é próximo do zero, além de não contar com uma militância por trás, como aconteceu com a petista. “Agora é necessário fazer uma transição rápida e planejada, para que o país não afunde ainda mais na situação em que se encontra”.

Barreto acredita que a resposta mais provável e necessária, caso a denúncia seja comprovada, é que Michel Temer renunciasse à Presidência da República, já que o Congresso ficaria responsável pela escolha do próximo presidente. “O melhor a se fazer neste momento é escolher alguém que esteja acima da Lava Jato, que não tenha nenhuma ligação com os recentes escândalos, alguém de credibilidade”, concluiu.

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